A hipoglicemia é definida como glicemia ≤ 70 mg/dL e representa complicação relevante, especialmente em pacientes com diabetes mellitus em uso de insulina ou secretagogos. Seus sintomas variam de manifestações autonômicas (tremores, sudorese, taquicardia) a manifestações neuroglicopênicas (confusão, convulsões, coma).
Fisiopatologia
Ocorre por desequilíbrio entre a ação da insulina e os hormônios contrarregulatórios (glucagon, adrenalina, cortisol e GH). Episódios repetidos podem levar à hipoglicemia inadvertida, em que os sinais de alerta são atenuados, aumentando o risco de eventos graves.
Diagnóstico
Baseia-se na Tríade de Whipple:
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Presença de sintomas típicos;
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Glicemia baixa documentada;
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Alívio após reposição de glicose.
Tratamento
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Casos leves: “Regra dos 15” (15 g de carboidrato de rápida absorção, reavaliação em 15 min).
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Casos graves: glicose intravenosa ou glucagon (intramuscular/nasal).
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Prevenção envolve ajustes terapêuticos, monitorização contínua da glicose e educação do paciente.
Hipoglicemia neonatal
Comum em recém-nascidos de risco (prematuros, filhos de mães diabéticas, restrição de crescimento intrauterino). Embora frequente, ainda há debate sobre suas repercussões neurológicas a longo prazo e falta consenso sobre protocolos diagnósticos e de manejo.
Fontes:
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Nakhleh A, Shehadeh N. Hypoglycemia in diabetes: An update on pathophysiology, treatment, and prevention. World J Diabetes. 2021.
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McCrimmon RJ, Sherwin RS. Pathophysiology and management of hypoglycemia in diabetes. J Physiol. 2022.
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Cryer PE. Hypoglycemia in diabetes: Pathophysiology, prevalence, and prevention. Am J Med. 2021.
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Silva R et al. Hipoglicemia neonatal: revisão integrativa. Rev Disciplinarum Scientia Saúde. 2019.
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Oliveira T et al. Hipoglicemia neonatal: diagnóstico, tratamento e desfechos. Brazilian Journal of Health. 2024.
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Faria M et al. Hiperinsulinismo endógeno: diagnóstico e manejo clínico. Arq Bras Endocrinol Metab. SciELO, 2011.
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