Há evidencias do papel da mídia no desenvolvimento das desordens alimentares, e a imagem e insatisfação corporal seriam os elos mais importantes dessa relacao; a leitura de revistas, a exposição a figuras de corpos magros (em fotos, filmes) e o assistir a televisão tem impacto na insatisfação corporal, e esse impacto e maior para adolescentes e mulheres jovens – em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Transtornos alimentares (TA) são desordens psiquiátricas que afetam de 0,5% a 3,0% da população, sendo mais prevalentes em mulheres6. Os quadros atípicos ou subclínicos (chamados TA não especificados) são mais prevalentes do que os típicos – anorexia e bulimia nervosa –, e comportamentos de risco ou comer desordenado são ainda mais freqüentes em mulheres jovens. Entre estudantes universitárias, vários estudos apontam comportamentos de TA variando entre 5,5% e 40% dessa população.
As mudanças nas normas socioculturais nos últimos 40 anos sugerem que os fatores socioculturais tem um papel no aumento da prevalência de TA observado nas últimas décadas.
A prevenção da obesidade tem sido sugerida como importante estratégia de saúde publica e também a prevenção dos TA e colocada como emergência em saúde: pelo aumento da demanda e opções limitadas de tratamento (alem do custo), cronicidade dos casos e recaídas freqüentes. Considerando a etiologia multifatorial dos TA, os fatores socioculturais são aqueles nos quais se pode interferir, portanto avaliar a influencia da mídia e importante para o planejamento de estratégias de prevenção e compreensão dos fatores relacionados aos comportamentos inadequados para com a alimentação e a insatisfação corporal.
Em um estudo com estudantes universitárias de diferentes regiões do Brasil, onde foi aplicado um questionário com o objetivo de avaliar atitudes alimentares, comportamento de risco para TA, imagem corporal e influência da mídia.
Os resultados do estudo foram que universitárias brasileiras tem influência da mídia em grau similar, mesmo vivendo em diferentes regiões do pais. Estudantes do Sul apresentaram maior aceitação das mensagens da mídia em relação a ideais estéticos não realistas, e as do Nordeste consideraram a mídia uma fonte de informação importante sobre a aparência mais do que as demais. Estudantes mais jovens, com excesso de peso e com maior renda foram em media mais influenciadas pela mídia.
Bruna Sousa Albino
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