A ingestão de alimentos balanceados é a maneira correta de evitar ou mesmo corrigir problemas de saúde, como: obesidade, diabetes, desnutrição, cardiopatias, entre outros que têm origem, em grande parte, nos erros alimentares. As barras de cereais atendem a esta tendência e são elaboradas a partir da extrusão da massa de cereais de sabor adocicado e agradável, fonte de vitaminas, sais minerais, fibras, proteínas e carboidratos complexos.
As barras de cereais podem ser uma boa opção para aqueles que praticam atividade física. Podem ser consumidos antes ou após a prática esportiva, a fim de suprir o gasto imediato de calorias e proteínas.
As barras de cereais são alimentos de fácil consumo, requerem pouco ou nenhum preparo e durante muito tempo seus valores nutritivos foram pouco enfatizados. Os cereais em barra são uma classe de produtos de confeitaria, de forma retangular, vendidos em embalagens individuais e têm apresentado um rápido crescimento no mercado. Os principais aspectos considerados na elaboração desse produto incluem: a escolha do cereal, a seleção do carboidrato apropriado (de forma a manter o equilíbrio entre o sabor e a vida de prateleira), o enriquecimento com vários nutrientes e sua estabilidade no processamento. Também tem sido considerado o valor nutricional, sendo preferidos os com alto conteúdo de fibras e baixo teor ou isentos de gordura, porém com alto aporte energético.
Atualmente no mercado existem quatro tipos de barras: as fibrosas, as diet, as energéticas e as protéicas:
· Fibrosas; possuem altos níveis de glicose e de fibras e, por fornecerem um nível considerável de energia, seu consumo é aconselhado após a prática de exercícios físicos. Também se recomenda a moderação no seu consumo devido ao excesso de fibras. Possuem em média 100 kcal.
· Dietéticas ou diet; têm menos calorias e gorduras e não contêm açúcar, portanto são adequadas para quem possui diabetes, ou deseja manter uma dieta com baixos níveis energéticos. Recomenda-se o consumo deste tipo de produto antes da prática de exercícios, desde que não contenham chocolate, devido ao teor lipídico. Essas barras não são recomendadas após a prática de exercícios, pois não são eficientes na reposição de grandes quantidades de energia. Possuem uma média de 65 kcal.
· Energéticas; são de fácil absorção, por serem menos fibrosas, mas possuem muitas calorias. Por isso devem ser consumidas durante ou após os exercícios e não são recomendadas para pessoas sedentárias. Muitas barras contêm chocolate e castanhas, granola e açaí. Em média possuem 280 kcal.
· Protéicas; apresentam um menor teor lipídico e muita proteína, devendo ser consumidas após a atividade física com o objetivo do ganho de massa muscular. Não são aconselhadas para sedentários. Têm em torno de 200 kcal.
Segundo estudos a escolha da marca ou tipo de barra de cereal é feita principalmente devido ao sabor e textura do produto. O valor nutricional, que é o principal apelo promocional do produto, fica em segundo lugar, seguido pelo preço.
Dividindo-se os consumidores de acordo com os seus perfis nutricionais, pode-se analisar cada grupo de acordo com o seu comportamento frente à prática de atividade física, ao motivo de consumo e ao motivo da escolha da marca/tipo de produto.
Identificando assim os níveis de publico alvo, cabe aos consumidores e profissionais envolvidos no desenvolvimento e prescrição destes produtos um olhar mais atento a apelos comerciais que induzem o consumo das barras de cereais.
Postado por: Bruno Garbini e Danielle Loverri
Fontes consultadas:
DEGÁSPARI, C. H. et al. Perfil nutricional do consumidor de barras de cereais. Visão Acadêmica, Curitiba, v.9, n.1, Jan. - Jun./2008.
GUTKOSK, L. C. et al. Desenvolvimento de barras de cereais à base de aveia com alto teor de fibra alimentar. Ciênc.. Tecnol. Aliment., Campinas, 27(2): 355-363, abr.-jun. 2007.
GRDEN, L. et al. Elaboracão de uma barra de cereais como alimento compensador para praticantes de atividade física e atleta. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindústria. Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Campus Ponta Grossa - Paraná - Brasil v. 02, n. 01: p. 87-94, 2008.
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