segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ÓLEO DE COCO : Multifuncional





        Muito tem se falado sobre o óleo de coco e seus benefícios , recentemente considerado um alimento funcional , destacando-se por suas propriedades antioxidantes (fonte de vitamina E) , ações benéficas sobre o sistema imunológico devido a sua alta concentração de acido láurico( Cerca de 50% da gordura do coco é composta pelo ácido láurico, o seu principal ácido graxo, de cadeia média, que no corpo humano se transforma em monolaurina, um monoglicerídeo de ação antibacteriana, antiviral e antiprotozoária, usado pelo organismo para destruir a capa lipídica de vários microorganismos, tais como: Cândida albicans, Citomegalovirus, Clamídia, estreptococos dos grupos A, F e G ,Giárdia ,Helicobacter pylor, Herpes ,Influenza ,Listeria monocytogenes ,Neisseria ghonorreae outros ,Staphylococcus aureus ,Streptococcus agalactiae ,Vírus HIV), além de que pesquisas apontam para um possível aumento da atividade antiinflamatória do óleo de coco extra virgem devido à sua capacidade de elevar os níveis da interleucina 10, um poderoso agente antiinflamatório. Além disso, reduz o risco de câncer, regulariza o ritmo intestinal (efeito prébiotico), ajuda a controlar o diabetes, melhora a digestão e absorção de nutrientes,aumenta o metabolismo, ajuda na perda de peso pela “queima” de gorduras, ajuda a prevenir a osteoporose, aumenta ,os níveis de energia, mantém a pele macia e, pela sua ação antioxidante, reduz o processo de envelhecimento. 

       O óleo de coco contém uma boa quantidade de glicerol, que é importante a produção de ácidos graxos saturados ou insaturados, de acordo com as necessidades orgânicas. Tudo isso aliado a várias formas que pode ser consumido ,fácil armazenamento e longa durabilidade, sem necessidade de refrigeração. Pode ser consumido puro na forma de óleo , ser utilizado nas preparações culinárias (pois não sofre alterações químicas e físicas que geram altos níveis de gordura trans no procedimento culinário como os outros óleos de origem vegetal) , ou em cápsulas como suplemento. 

Composição 

       O Óleo de Coco é denominado como extra virgem pelo fato de possuir um índice de acidez inferior a 0,5%. Além disso, o teor de gordura saturada do óleo de coco é semelhante ao do leite humano, o que significa que ela é de fácil digestão, gerando energia rapidamente e efeito benéfico sobre o sistema imunológico. 

O óleo de coco possui os seguintes ácidos graxos, pela ordem de quantidade: 

Ácido láurico 44-52%. 

Ácido mirístico 13-19%. 

Ácido palmítico 7,5-10,5%. 

Ácido oléico 5,8%. 

Ácido caprílico 5,5-9,5%. 

Ácido cáprico 4,5-9,5%. 

Ácido linoléico 1,5-2,5%. 

Ácido esteárico 1-3%. 

Ácido capróico 0,3-0,8%. 

Ácido araquídico até 0,04%. 



Esporte 

“Os ácidos graxos e micronutrientes provenientes do óleo de coco são a fonte preferida de combustível para as fibras musculares vermelhas durante o período de exercícios de moderada intensidade”(Dr. Luis Meireles ,nutricionista funcional).Sendo assim pode ser reconhecido como um alimento complementar aos praticantes de atividade física , podendo ser utilizado como suplemento, entre os treinos. 

      Por ser composto de ácidos graxos de cadeia média, o óleo de coco também pode ser utilizado por atletas que competem em provas de ultra-resistência . As competições de ultra-resistência representam um grande desafio no mundo esportivo. O gasto energético de uma prova de ultra-resistência pode variar de 5.000 a 18.000kcal por dia. Por causa dessa grande demanda, várias estratégias para melhora do desempenho têm sido desenvolvidas nos últimos anos, como a suplementação de triglicerídeos de cadeia média (TCM) em combinação com carboidratos (CBO). A suplementação de TCM visa aumentar a utilização dos ácidos graxos livres (AGL) como fonte de energia, poupando os estoques corporais de glicogênio para o final da competição. Quando comparados com os triglicerídeos de cadeia longa (TCL), os TCM são rapidamente absorvidos e transportados pelo organismo. Além disso, os TCM possuem velocidade de oxidação comparável à dos carboidratos, mas, por serem lipídios, fornecem uma quantidade de energia maior quando são oxidados. Dessa forma, os TCM parecem ser o combustível ideal para provas de longa duração. 

Curiosidades : 

-Os ácidos graxos saturados constituem 50% da membrana celular. 

-São responsáveis pela firmeza e integridade das células. 

- Desempenham importante papel no metabolismo ósseo, pois cerca de 50% das gorduras provenientes dos alimentos necessitam estar saturadas de cálcio para serem efetivamente incorporadas à estrutura esquelética. 

- Os ácidos graxos saturados são responsáveis pela redução da Lp, uma substância que quando presente no sangue pode desencadear problemas cardiovasculares. 

- Protegem o fígado de efeitos tóxicos de várias drogas, principalmente do álcool . 

- Gorduras saturadas são necessárias para a utilização adequada dos ácidos graxos essenciais. Por exemplo, os omega-3 são melhor retidos nos tecidos quando a dieta é rica em ácidos graxos saturados. 

- Os ácidos esteárico e palmítico são fundamentais para a nutrição do coração e estão presentes na capa de gorduras altamente saturadas que envolve o músculo cardíaco, sendo principalmente utilizadas em situações estressantes. 

- Ácidos graxos saturados de curta e média cadeia apresentam importantes propriedades antimicrobianas,protegendo o trato digestivo da ação de germes patogênicos. 

Com tudo isso o óleo de coco vem quebrando preconceitos da geração anti-gordura (“gordura também pode ser boa”), e abrindo os olhos para um alimento tropical riquíssimo e abundante no território brasileiro. Consulte seu nutricionista sobre a melhor forma de acrescentar este alimento a sua dieta. 


Postado por: Fauziane Beydoun e Julia Tineu


Fontes pesquisadas: 






CÓRDOVA, Alfredo; NAVAS, Francisco. J. Os radicais livres e o dano muscular produzido pelo exercício: papel dos antioxidantes. Rev Bras Med Esporte. vol.6 no.5 Niterói Oct. 2000. 


FERREIRA, Antonio Marcio Domingues; et. All. A influência da suplementação de triglicerídeos de cadeia média no desempenho em exercícios de ultra-resistência. Rev Bras Med Esporte.Vol. 9, Nº 6 – Nov/Dez, 2003.

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