terça-feira, 22 de novembro de 2011

Vamos a la playa...


Alimentos contaminados por bactérias patogênicas podem levar indivíduos a complicações como desidratação, crises de hipoglicemia e intoxicação alimentar, diarréia, náuseas, vômitos, dores de estômago e até febre.

As condições higiênicas do local em que são produzidos e manipulados os alimentos interferem diretamente na sua qualidade microbiológica, podendo disseminar agentes patológicos. A falta de cuidados no preparo de lanches ao ar livre, bem como a alta temperatura e a umidade em regiões litorâneas favorecem a proliferação de bactérias e vírus.

Alimentos como: queijo coalho, sanduíches, “raspadinhas”, salgadinhos, pastéis, empadas, salada de frutas, milho e camarões, são quase uma tradição nas praias lotadas durante o verão. Porém, esses alimentos requerem cuidados, que quase sempre não são seguidos pelos vendedores, o que os torna inadequados para a venda.

A respeito dos pescados, sugere-se um cuidado maior devido a sua suscetibilidade à decomposição por enzimas e bactérias, elevada atividade de água, gordura facilmente oxidável e pH próximo da neutralidade. Sendo altamente perecível, o pescado exige cuidados especiais para que as suas características microbiológicas, sensoriais, físico-quimicas e nutricionais permanecem viáveis ao consumo.

Frutos do mar como ostras e os camarões (crus ou levemente cozidos) podem transmitir doenças como a salmonelose causada pela bactéria Salmonella enteritidis.  O perigo de infecção por esta bactéria é mais suscetível em crianças, pequenas, idosos, gestantes, pessoas crônicas ou deficiências imunológicas.

O êxito no preparo de pescados e derivados está relacionado a fatores como tempo, higiene e temperatura, ou seja, rapidez na manipulação, o uso de utensílios limpos e não exposição do alimento à temperatura ambiente por tempo superior de trinta minutos. Por isso os alimentos devem ser armazenados em temperatura adequadas e preparadas próximo a hora de ser servida.

REFERÊNCIAS:

SILVA, V. H. M. O olhar do turismólogo para os riscos à saúde dos turistas: uma experiência no curso de graduação em turismo da UFF. V SeminTUR. Caxias do Sul, p.1-14. 2008.

Machado, T. M et al. Fatores que afetam a qualidade do pescado na pesca artesanal de municípios da costa sul de São Paulo, Brasil. Bol. Inst. Pesca. São Paulo, v. 36, n.3, p. 213-223. 2010.

PASSOS, E. C. et al. Provável surto de toxinfecção alimentar em funcionários de uma empresa no litoral da região sudeste do Brasil. Rev. Inst. Adolfo Lutz. São Paulo, v. 69, n. 1, p. 136-140. 2010.

Postado por: Gabriela Senedez e Wagner Junior.


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