A
fenilcetonúria ou PKU, é uma doença genética rara, causada por uma mutação no
gene que codificada a enzima fenilalanina-hidroxilase, ativa no fígado e
responsável pela transformação do aminoácido fenilalanina (PHE) em tirosina. A
elevação de fenilalanina no sangue, acima de 10mg/dl, permite a passagem em
quantidade excessiva para o sistema nervoso central, no qual o acúmulo tem
efeito tóxico. O retardo mental é a mais importante seqüela dessa doença.
Não
há anormalidades aparentes ao nascimento, pois o fígado materno protege o feto.
Os níveis sanguíneos de fenilalanina do recém-nascido fenilcetonúrico aumentam
nas primeiras semanas com alimentação protéica, incluindo o leite materno.
A
doença é detectada pelo “teste do pezinho”. Pois é importante o diagnóstico precoce para controle da doença
e tratamento dietético adequado.
O tratamento é dietético, consistindo na
exclusão ou substituição de todos os alimentos fornecedores de fenilalanina. A
alimentação com baixo teor de fenilalanina
deve
ser introduzida no primeiro mês de vida, e mantida pela vida inteira3. Essa recomendação
é variável,
seguindo também para a fase adulta.
A
introdução de uma dieta reduzida em fenilalanina na alimentação da criança, no
primeiro
mês de vida, pode evitar significativamente o retardo mental. A dieta restrita
em
fenilalanina
é necessária para prevenir, também, os diversos efeitos decorrentes da elevação
da sua concentração plasmática durante a gravidez, que incluem microcefalia e
anormalidades físicas.
O
diagnóstico tardio pode ter como consequência:
- Atraso dodesenvolvimento neuro- psicomotor
- Deficiência mental;
- Comportamento agitado, agressivo ou padrão autista;
- Quadro compulsivo sem causa definida.
Tratamento
Dieta
com baixo teor de feninalanina porém com níveis suficientes deste aminoácido
para promover crescimento e desenvolvimento adequados, pois se a dieta for
isenta de fenilalanina, poderia levar a “ Sindrome da Deficiência”
caracterizada por eczema grave, prostração, ganho de peso insuficiente levando
á desnutrição, além da deficiência mental e crises comvulsivas.
Alimentação
Os alimentos proibidos na fenilcetonúria são:
Carne, e derivados presunto pates, salsicha entre
outros), peixe, aves, mariscos, moluscos e crustáceos (polvo, lulas, camarão, lagosta), feijão, ervilha, soja, grão de bico,
lentilha, amendoim, leite e derivados (queijos e iogurte), achocolatado, ovos, frutos
secos ou oleaginosos (castanha, noz, amêndoa, amendoim, avelã, cajú,
pistacho, pinhão), gelatinas, bolos, farinha de trigo, alimentos
industrializados com altos teores de fenilalanina, pães em geral, biscoitos, e
alimentos para fins especiais contendo aspartame.
Alimentos com médio teor
de feninalanina que podem ser fornecidos na dieta de acordo com a prescrição de
aminoácido são:
Massas feitas sem ovos e com farinha de trigo de baixo teor de proteína, arroz,
batata- inglesa, batata- doce, batata- salsa, mandioca, cará , abóbora,
abobrinha, berinjela., beterraba, brócolis, cenoura, chuchu, couve- flor, jiló,
quiabo, repolho, vagem, tomate, pepino, pimentão, cebola, folhosos e frutas em
geral.
Para mais infomações de alimentos que contém fenilalanina leia
a Tabela de composição de feninalanina em alimentos lançada pela Anvisa.
Orientações
Durante a gestação a portadora de alta
concentração de fenilalanina no sangue permanente (níveis com resultados entre
4 e 10 mg; dL, as quantidades aumentadas da fenilalanina materna (valores
acima de 4 mg; dL) levam a uma maior incidência de complicações fetais, desta
forma, meninas em idade fértil que planejam gestar devem ser orientadas a
iniciar a dieta para fenilcetonúricos e manter níveis menores ou iguais a 4 mg
% antes da concepção, assim como durante toda a gestação.
A amamentação materna pode ocorrer desde que
exista controle semanal da fenilalanina sanguínea.
A
introdução lactente deve ocorrer aos 4 meses de idade, utilizando- se alimentos
que contenham baixos teores de fenilalanina,
Monitoração: após o diagnóstico deve ser feito o acompanhamento
mensal até o primeiro ano de vida para que a mãe seja esclarecida sobre a dieta
e os riscos das transgressões para o desenvolvimento do seu filho. Após este
período, o acompanhamento pode se bimestral ou trimestral, dependendo da
evolução da criança e das dificuldades da família.
Acompanhamento laboratorial: deve ser mensal nos primeiros 12
meses de tratamento e após este período, dosagens a cada 2 – 3 meses são
recomendadas, dependendo de cada caso.
Leia a bula dos medicamentos pois alguns contém fenilalanina.
Postado por: Walkiria
Guerreiro e Andressa Ventura
Referências Bibliográficas
MONTEIRO, L. T. B; Cândido, L. M. B. Fenilcetonúria no Brasil: evolução e casos. Revista Brasileira de
Nutrição. Campinas. v. 19, n. 3, p. 381-
387, Maio/Junho, 2006.
Ministério as Saúde. Portaria nº 847 de 06
de Novembro de 2002- Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas Fenilcetonúria. Disponível em : http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/PORT2002/PT-847.htm ,acesso em 23/5/2012.
APOFEN- Associação Portuguesa de Fenilcetonúria em > www.apofen.org.pt/media/folheto_pku.pdf.
Acesso em 23/5/2012. Disponível em:www.apofen.org.pt/media/folheto_pku.pdf.
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