quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pitaya: você conhece essa fruta?




         
         A pitaya, também conhecida como “fruta do dragão”, é originária da América e de acordo com a espécie, seus frutos podem apresentar características diversificadas, como formato, presença de espinhos, cor da casca e da polpa, refletindo em alta variabilidade genética.

         A pitaya-amarela é possivelmente originária da Colômbia ou Equador, e a vermelha é encontrada no México, Guatemala, Costa Rica e El Salvador. No Brasil é comum serem encontradas, em estágio nativo no Cerrado e Caatinga. As pitayas pertencem à família Cactaceae, e as espécies comerciais são principalmente duas: a de casca vermelha (Hylocereus undatus) e a de casca amarela (Selenicereus megalanthus).

         Devido ao seu sabor doce e suave, de polpa firme e repleta de sementes e aliado às suas propriedades nutricionais e funcionais, a pitaya é um produto de grande aceitação nos mercados consumidores. O alto valor pago pelo quilo da fruta, que pode variar de R$10,00 a R$60,00, dependendo da época do ano e da demanda, também constitui um grande atrativo para o plantio dessa fruta.

As pitayas possuem polifenóis responsáveis por ações fisiológicas relacionadas à prevenção de doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, câncer, entre outras, principalmente em função da elevada capacidade antioxidante. Dentre os polifenóis têm-se os flavonóides amarelos e as antocianinas. As antocianinas estão presentes apenas em algumas espécies, e além de serem classificadas como um corante natural, também apresentam ação antioxidante.

         É também fonte de vitaminas A e C e pode ser consumida como fruta fresca, ou suco, polpa, sorvete ou mousse, ou como corante de doces. Também é estudada por ter valor medicinal devido a presença de captina no fruto, que é considerado um tônico cardíaco, bem como seu óleo e sementes têm suave efeito laxante, o que é eficaz no controle de gastrite e infecções dos rins. Serve também para preparo de xampu e tem efeito contra dor de cabeça.

         Devido à escassez de estudos sobre a pitaya, torna-se fundamental a ampliação do conhecimento sobre essa fruta, viabilizando aumento na produção e assim maior acessibilidade da mesma pela a população.


Postado por: Letícia Andrade e Vivian Giubine


Referências

LIMA, C. A. et al. Caracterização físico-química e de compostos funcionais em frutos de pitaya. CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 21, 2010. Frutas: saúde, inovação e responsabilidade. Natal: SBF, 2010. Disponível em: . Acesso em: 30 maio 2012.

DONADIO, L. C. Pitaya. Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal, v.31, n.3, set. 2009.


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