sábado, 25 de agosto de 2012

CAFEÍNA NO EXERCÍCIO FÍSICO



 A cafeína é uma substância estimulante psicoativa de sabor amargo, da família dos alcalóides e do grupo das xantinas, pode ser encontrada em quantidades variáveis nos grãos, folhas e frutos de várias plantas.

O consumo é feito através de infusões extraídas das cerejas do pé de café e das folhas de chá, bem como por meio de diversas bebidas derivadas da noz de cola. Chás, mates, guaranás e derivados também contêm cafeína. Dentre as substâncias psicoativas e estimulantes, a cafeína é a mais consumida no mundo, sendo, no entanto de uso legal e não regulamentado na maioria dos países.

O efeito principal da cafeína é atuar como estimulante no sistema nervoso central. A cafeína é responsável por afastar a sonolência e restaurar o estado de alerta de uma pessoa, embora esse efeito seja bastante temporário.

A literatura têm apontado para uma melhoria no desempenho atlético em diferentes tipos de exercício físico, após a ingestão de apenas 3 a 6 mg de cafeína por quilograma de peso corporal, tanto em atletas amadores quanto em atletas de elite, sem que estes ultrapassem o limite estipulado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) de 12 mg/ml de cafeína na urina para detecção de caso positivo de doping.

Vale destacar que diversos fatores como as diferentes dosagens de cafeína empregadas, o tipo de exercício físico utilizado, o estado nutricional, o estado de aptidão física individual, além da tolerância à cafeína (habituação ou não à cafeína) podem influenciar a análise dos resultados apresentados pelos diversos estudos disponíveis na literatura.

Poucos desses estudos têm procurado investigar os possíveis efeitos ergogênicos da cafeína sobre o desempenho físico em exercícios de alta intensidade e curta duração (força, velocidade e potência). Além disso, os resultados encontrados até o momento têm sido bastante controversos.

Pesquisas mostram um aumento da força muscular acompanhado de uma maior resistência à instalação do processo de fadiga muscular após a ingestão de cafeína. Ainda não está totalmente esclarecido qual o mecanismo de ação responsável pelo aumento da força muscular, porém, acredita-se que isso ocorra em maior intensidade muito mais pela ação direta da cafeína no SNC do que pela sua ação em nível periférico.

Algumas pessoas intolerantes à substância relatam um efeito diurético associado ao consumo de cafeína. No entanto, o consumo frequente desenvolve no indivíduo uma resistência a esse efeito, de modo que a comunidade científica falha em associar o consumo frequente de alimentos e bebidas com cafeína e efeitos de desidratação significativos.
Para concluir vale ressaltar que a administração de dosagens elevadas de cafeína pode trazer inúmeros desconfortos para o usuário, contribuindo para a incidência de efeitos colaterais, colocando em risco a sua integridade física.

Além disso, particularmente em atletas, a adoção desta estratégia pode configurar o uso de doping.

             Quantidade de cafeína nos alimentos

Alimento         
                    Quantidade de cafeína
      

Média
Variação
Café 140 ml


Coado expresso
115
60 – 180
Coado
80
40 -170
Instantãneo
65
30- 120
Descafeinado, coado
3
2 – 53
Descafeinado, instantâneo
2
1 – 5
Chá 140 ml


Coado
40
20 – 90
Coado, marcas importadas.
60
25 – 110
Instantâneo
30
25 – 50
Refrigerantes à base de cola 170 ml
18
15 – 30
Bebidas à base de cacau 140 ml
4
2- 20
Leite achocolatado 220 ml
5
2 – 7
Chocolate preto meio doce 28g
20
26
Chocolate para o bolo 28g
26
26
Xarope de chocolate 28 g
4
4

Referência:
ALTIMARI, Leandro Ricardo; et al. Cafeína: ergogênico nutricional no esporte. Rev. Bras. Ciên. e Mov Brasília  v. 9  n. 3    p. 57-64.  julho 2001.

Postado por: Geisiane e Sandra

Nenhum comentário:

Postar um comentário