A cafeína é uma substância
estimulante psicoativa de sabor amargo, da família dos alcalóides e do grupo
das xantinas, pode ser encontrada em quantidades variáveis nos grãos, folhas e
frutos de várias plantas.
O consumo é feito através de infusões extraídas das cerejas do pé de
café e das folhas de chá, bem como por meio de diversas bebidas derivadas da
noz de cola. Chás, mates, guaranás e derivados também contêm cafeína. Dentre as
substâncias psicoativas e estimulantes, a cafeína é a mais consumida no mundo,
sendo, no entanto de uso legal e não regulamentado na maioria dos países.
O efeito principal da cafeína é atuar como estimulante no sistema nervoso central. A cafeína é responsável por afastar a sonolência e restaurar o estado de alerta de uma pessoa, embora esse efeito seja bastante temporário.
A literatura têm apontado para
uma melhoria no desempenho atlético em diferentes tipos de exercício físico,
após a ingestão de apenas 3 a 6 mg de cafeína por quilograma de peso corporal,
tanto em atletas amadores quanto em atletas de elite, sem que estes ultrapassem
o limite estipulado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) de 12 mg/ml de
cafeína na urina para detecção de caso positivo de doping.
Vale destacar que diversos fatores como as
diferentes dosagens de cafeína empregadas, o tipo de exercício físico
utilizado, o estado nutricional, o estado de aptidão física individual, além da
tolerância à cafeína (habituação ou não à cafeína) podem influenciar a análise dos
resultados apresentados pelos diversos estudos disponíveis na literatura.
Poucos desses estudos têm procurado
investigar os possíveis efeitos ergogênicos da cafeína sobre o desempenho
físico em exercícios de alta intensidade e curta duração (força, velocidade e
potência). Além disso, os resultados encontrados até o momento têm sido
bastante controversos.
Pesquisas mostram um aumento da força
muscular acompanhado de uma maior resistência à instalação do processo de fadiga
muscular após a ingestão de cafeína. Ainda não está totalmente esclarecido qual
o mecanismo de ação responsável pelo aumento da força muscular, porém,
acredita-se que isso ocorra em maior intensidade muito mais pela ação direta da
cafeína no SNC do que pela sua ação em nível periférico.
Algumas pessoas intolerantes à substância
relatam um efeito diurético associado ao consumo de cafeína. No entanto, o
consumo frequente desenvolve no indivíduo uma resistência a esse efeito, de
modo que a comunidade científica falha em associar o consumo frequente de
alimentos e bebidas com cafeína e efeitos de desidratação significativos.
Para concluir vale ressaltar que a
administração de dosagens elevadas de cafeína pode trazer inúmeros desconfortos
para o usuário, contribuindo para a incidência de efeitos colaterais, colocando
em risco a sua integridade física.
Além disso, particularmente em atletas, a
adoção desta estratégia pode configurar o uso de doping.
Quantidade de cafeína nos alimentos
|
Alimento
|
Quantidade de cafeína
|
Média
|
Variação
|
|
Café 140 ml
|
||
Coado expresso
|
115
|
60 – 180
|
Coado
|
80
|
40 -170
|
Instantãneo
|
65
|
30- 120
|
Descafeinado, coado
|
3
|
2 – 53
|
Descafeinado, instantâneo
|
2
|
1 – 5
|
Chá 140 ml
|
||
Coado
|
40
|
20 – 90
|
Coado, marcas importadas.
|
60
|
25 – 110
|
Instantâneo
|
30
|
25 – 50
|
Refrigerantes à base de cola 170 ml
|
18
|
15 – 30
|
Bebidas à base de cacau 140 ml
|
4
|
2- 20
|
Leite achocolatado 220 ml
|
5
|
2 – 7
|
Chocolate preto meio doce 28g
|
20
|
26
|
Chocolate para o bolo 28g
|
26
|
26
|
Xarope de chocolate 28 g
|
4
|
4
|
Referência:
ALTIMARI, Leandro Ricardo; et al. Cafeína:
ergogênico nutricional no esporte.
Rev. Bras. Ciên. e Mov Brasília v. 9 n.
3 p. 57-64. julho 2001.
Postado por: Geisiane e Sandra
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