A alimentação bem orientada é fator
primordial à saúde do atleta, que vai influenciar na sua capacidade de
realização do trabalho físico. Dessa forma, a
produção energética do organismo vai depender da qualidade e quantidade
de nutrientes apropriados a esse trabalho físico. Independente do propósito do exercício, o seu
sucesso é determinado por dois fatores principais: a genética e o treinamento,
para maximização do potencial genético.
Dentre esses métodos, encontram-se
os suplementos dietéticos, amplamente utilizados por atletas à procura de um
efeito ergogênico.
A creatina é um dos suplementos que
atualmente vem sendo muito utilizada pelos atletas.
Foi identificada por Chevreul em 1835 em um pedaço
de carne, e desde o início do século já era apontada a sua importância para
contração muscular. A creatina é uma amina nitrogenada formada no fígado, rins
e pâncreas, a partir dos aminoácidos arginina, glicina, e metionina.Em geral,
pode ser encontrada, primariamente no músculo esquelético (90-95%), estando o
restante presente no coração, na musculatura lisa, no cérebro e no testículos.
Para a população em geral, a
creatina foi divulgada em 1992, quando nos Jogos Olímpicos de Barcelona, muitos
atletas vencedores declararam ter ingerido este produto como suplemento
dietético. Num artigo da "Peak Performance" (1993), no qual foi feita
uma revisão sobre o tema, concluiu-se que a creatina influenciava, positivamente
a performance dos atletas. Por se acreditar que o aumento de creatina no
músculo permitiria um estoque maior de fosfocreatina, e consequentemente de
energia extra na forma de trifosfato de adenosina, a ingestão de creatina
tornou-se comum entre os atletas profissionais e se espalhou entre atletas
amadores, inclusive em crianças.
A princípio a suplementação de
creatina tinha como principal enfoque a necessidade de se aumentar a produção
de energia através do sistema ATP-CP.
Atualmente, sabe-se que a ingestão
de creatina pode aumentar significativamente a quantidade de trabalho a ser
produzida durante exercícios repetitivos de esforço máximo. Acredita-se que os
efeitos ergogênicos provocados pela suplementação de creatina sejam atribuídos
ao aumento do conteúdo total de creatina intramuscular, acelerando a ressíntese
de fosfocreatina no intervalo dos exercícios.
Apesar de a creatina apenas ter
passado a ser conhecida há pouco tempo no meio desportivo, já se fazem estudos
quanto ao seu uso como suplemento desde meados dos anos 20 (1926, mais
precisamente). Os mecanismos que fazem com que a creatina prolongue um
determinado exercício parecem ir além da sua habilidade de regenerar ATP. É
sabido também que o fosfato de creatina é capaz de neutralizar certos ácidos
produzidos durante os exercícios, que
baixam o pH do sangue e que contribuem desta forma para a fadiga muscular.
No geral, a suplementação de
creatina a curto prazo pode contribuir para a massa corporal total aumentada, pelo
menos em homens, ainda que grande parte desse aumento possa ser atribuído à
retenção de água mais que à proteína contrátil aumentada, seja em indivíduos
sedentários ou fisicamente ativos. Já a suplementação crônica de creatina (
2-12 semanas ), combinada com o treinamento de força, pode aumentar a massa
corporal magra, quanto em várias mensurações da massa isenta de gordura, sendo
necessário no entanto, mais pesquisas
que apoiem estas afirmativas.
Referencias: CIDADE. M. L; A validade de Suplementação de
Creatina e suas Limitações.
Janeiro de 2003. Universidade de Brasília.
Postado por: Delma de Paula e Emilyn Figueiredo.
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