Indivíduos
que apresentam transtornos alimentares utilizam de um arsenal de métodos para
controle de peso, incluindo a atividade física excessiva e com prejuízos
físicos, sociais e psiquiátricos.
Ainda no século XIX (1873 e 1874,
respectivamente) já eram descritos casos de mulheres que se recusavam a
comer, tinham baixo peso e amenorréia. Apresentavam uma dedicação extrema à
prática de atividade física, apesar de seu estado de caquexia. Estas descrições
se assemelham ao que conhecemos hoje por anorexia e bulimia nervosa, descritas
como transtornos alimentares.
A anorexia nervosa é representada por uma distorção na maneira como o
indivíduo avalia sua imagem corporal. Somado a isso, há um medo mórbido de
engordar e recusa alimentar. Para perder peso, submete-se a longos períodos de
jejum ou restrição alimentar. Usa inibidores de apetite, laxantes e diuréticos
e atividade física também pode ocorrer. Há uma perda de peso importante. No
sexo feminino é a presença de amenorréia ou diminuição da libido no sexo
masculino. A prevalência da anorexia nervosa é prevalente em mulheres.
A bulimia nervosa apresenta vários aspectos semelhantes aos da anorexia
nervosa, nesse caso a diferença é que o individuo não deixa de comer, mas usa
métodos para eliminar o que comeu. Os mais comuns utilizados são indução de
vômitos, uso de laxantes, diuréticos e inibidores de apetite. Os pacientes com
bulimia nervosa apresentam peso normal ou discretamente acima do normal.
A atividade física pode ser um dos métodos utilizados pelos indivíduos
com transtorno alimentar para perda/controle de peso, ocupando lugar dominante
como estratégia para perda de peso.
Vários
estudos demonstra que a prática regular de exercício físico está relacionada a
benefícios para a saúde.
Em
oposição aos aspectos positivos relacionados à prática racional e regular de
exercício físico, uma série de estudos avaliou que muitos indivíduos podem
praticar exercício de uma forma inadequada e excessiva, que passará então a
causar prejuízos para a saúde do mesmo.
O
exercício físico excessivo é descrito por alguns autores como apenas um sintoma
de um transtorno alimentar enquanto outros sugerem ser o problema uma variante
de um transtorno alimentar, mais freqüente no sexo masculino, constituindo
desta forma uma síndrome.
Atletas
e transtornos alimentares
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Indivíduos
que não conseguem parar ou diminuir a intensidade de treinos mesmo apresentando fratura de estresse ou problemas familiares no caso da corrida
são chamados de “corredores obrigatórios”, estes mostram bastante preocupação
com seu desempenho atlético, com a dieta e a redução de peso. O mesmo pode
ocorrer com qualquer praticante de qualquer modalidade esportiva.
A prática
do exercício físico é benéfico para saúde, mas deve ser olhado de forma
diferente quando a invés de trazer benefícios acaba fazendo mal a saúde do individuo
seja na vida social, psicológica ou familiar.
Fique
sempre atento, caso perceba algum tipo dos transtornos relatados acima busque
ajuda de um profissional capacitado.
Referencias:
Assunção,Sheila S.M.; Cordás,Táki A.;Araújo, Luiz Armando S.B. de :
Atividade física e transtornos alimentares.
Rev. psiquiatr. clín. (Säo Paulo);29(1):4-13, 2002.
Postado por: Geisiane e Sandra
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