A obesidade é resultado de um desequilíbrio
crônico entre a ingestão calórica e o gasto de energia. Portanto, um grande consumo
de energia e inatividade física são os primeiros fatores que contribuem para o aumento
do peso. Sendo que destes, a falta de
atividade física parece ser o principal fator para o crescimento da obesidade.
A combinação de dieta mais exercício
proporciona perdas de peso mais eficientes, durante curto ou longo período, do
que somente uma destas intervenções.
Muitos estudos tem o objetivo de encontrar
em seus experimentos qual exercício físico promove um aumento e/ ou mantém a MCM
(massa corporal magra) em indivíduos sob restrição calórica. Estudos como o de Bryner et al., com 17
mulheres e 3 homens com média de idade de
38 anos, divididos em um grupo que realizou somente dieta de 800
Kcal/dia e outro grupo que obteve a
mesma dieta juntamente com um treinamento de
resistência, ambos durante 12 semanas; e Kraemer et al., realizado com
35 homens obesos, durante doze semanas, divididos em quatro grupos: Grupo I: controle;
Grupo II: somente com dieta; Grupo III: com dieta + exercício aeróbio e Grupo
IV: com dieta + treinamento aeróbio e de resistência; relacionaram o
treinamento de resistência com dieta hipocalórica, analisado o comportamento da massa magra
frente ao treinamento com a utilização de dieta. De acordo com os autores, apesar
da dieta, a adição de um intensivo programa de treino de resistência resultou
na preservação da massa magra e da taxa do metabolismo de repouso. Além desses
fatores, Kraemer et al., observaram ainda que o treinamento de resistência
juntamente com dieta preveniu uma
diminuição da capacidade muscular, além de causar um aumento na composição
corporal, força máxima e VO2 máximo. Entretanto, Pronk et al., através de seu
estudo com 109 mulheres severamente obesas, as quais foram divididas em três grupos:
Grupo I: somente realizou dieta, Grupo II: dieta + treinamento de endurance e
Grupo III: treinamento de endurance + treinamento de resistência e dieta;
constatou, após 90 dias, que a combinação de um treinamento de resistência e
dieta de muita baixa caloria, ou seja, 520 Kcal/ dia não são suficientes para evitar a perda de massa
magra.
Um estudo conduzido por Westerterp
relacionou um aspecto favorável ao exercício aeróbio e de alta intensidade. Ele
percebeu que esse tipo de exercício reduz o apetite, pelo fato da ingestão
calórica tender a ser mais baixa nos dias em que o gasto calórico for muito
alto. Parecendo ser um aspecto relevante para a manutenção do balanço de energia.
De acordo, Blundell e King, encontraram em seus estudos, que exercícios de alta
intensidade não geram um aumento no impulso de comer o que compensaria a
energia gasta. Depois do exercício, o consumo alimentar permaneceu estável,
podendo o exercício até suprimir o apetite. Sobre este assunto, Bouchard afirma
que, os exercícios podem tanto diminuir o apetite através da redução na ingestão
de energia, como provocar uma compensação de energia, através do aumento da ingestão
calórica. Porém, parece que este aumento na ingestão ocorre somente entre
indivíduos magros, e não entre obesos.
Postado por: Christiana Nastari
Referência:
HAUSER, C.; BENETTI, M.;
REBELO, F. P. V. Weight loss strategie. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano.
Vol. 6, Núm. 1, p. 72-81, 2004.
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