O interesse crescente no emprego de nutrientes antioxidantes visando,
por exemplo, a melhoria geral da saúde e o retardo no processo de envelhecimento
tem atraído a atenção da população em geral, que deseja saber quais são os
benefícios da ingestão de suplementos antioxidantes. Vários estudos na
literatura descrevem o uso de suplementos antioxidantes no tratamento de
diversas patologias.
Quanto ao uso de vitaminas antioxidantes, há um vasto e controverso
campo de descobertas. As vitaminas C, E e o β-caroteno têm sido apontados como
atuantes na prevenção de doenças crônicas, em especial doenças cardiovasculares
(DCV) e câncer.
Dentre todas as doenças em que o estresse oxidativo causa complicações,
as doenças cardiovasculares são as que contam com maiores evidências. Supõe-se
que as vitaminas E e o β-caroteno possam inibir a oxidação das LDLs (lipoproteínas
de baixa densidade). Contudo, faltam estudos conclusivos que substanciem a
noção de que consumindo mais vitamina C, vitamina E ou β-caroteno (ou outros
carotenoides) se reduza o risco destas doenças.
Apesar das controvérsias, para as vitaminas C e E, foram estabelecidas
as recomendações nutricionais diárias considerando a atividade antioxidante
além da atividade nutricional – 90 mg para homens e 75 mg para mulheres de
vitamina C e 15 mg para homens e mulheres de vitamina E.
Em relação aos carotenoides, os estudos existentes ainda não foram
suficientemente conclusivos para o estabelecimento de recomendações
nutricionais, apesar de se saber que tais substâncias influenciam as reações
bioquímicas do sistema oxidativo.
Para os flavonoides, discute-se, ainda, se os mesmos são nutrientes, uma
vez que eles são metabolizados, em grande extensão no organismo, de tal forma a
não alcançarem concentração ideal para agirem como antioxidantes. Isto,
porém, não implica em desconsiderar a relevância de tais substâncias na dieta,
bem como sua atividade antioxidante. Como essa sofre deterioração com a idade,
uma dieta rica em flavonoides poderia, eventualmente, reverter o processo de
deterioração.
De acordo com a American Dietetic Association (Associação
Dietética Americana), a melhor estratégia nutricional para promover a
saúde e reduzir o risco de doenças crônicas é a obtenção de nutrientes de uma
grande variedade de alimentos.
Referências:
Sociedade Brasileira de Química
Postado por: Karina Souza e Jéssica Bueno
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