Os efeitos dos antioxidantes em
relação à prevenção de doenças crônicas tem sido estudado há alguns anos.
Pesquisas mostram os benefícios dos antioxidantes nas doenças cardiovasculares,
em numerosos tipos de câncer e em processos associados ao envelhecimento.
A função destes alimentos é combater os chamados radicais livres,
que afetam negativamente o organismo e são produzidos naturalmente pela
respiração e produção de energia, por exemplo. Quando há um desequilíbrio entre
a produção de radicais livres e os mecanismos de defesa antioxidante, ocorre o
chamado "estresse oxidativo". Os
radicais livres podem ser originados não só de processos endógenos, mas também
por fatores exógenos, como poluição, hábito de fumar, ingestão de bebidas
alcoólicas, ou ainda, por uma nutrição inadequada. O excesso de radicais livres
no organismo é combatido por antioxidantes, que podem ser obtidos através da
alimentação.
Com a finalidade de inibir ou retardar
a oxidação lipídica de óleos, gorduras e alimentos gordurosos, são empregados
compostos químicos conhecidos como antioxidantes.
Os lipídios são constituídos por uma
mistura de tri, di e monoacilgliceróis, ácidos graxos livres, glicolipídios,
fosfolipídios, esteróis e outras substâncias. A maior parte destes
constituintes é oxidável em diferentes graus, sendo que os ácidos graxos
insaturados são as estruturas mais susceptíveis ao processo oxidativo.
A oxidação lipídica é responsável pelo
desenvolvimento de sabores e odores desagradáveis tornando os alimentos
impróprios para consumo, além de também provocar outras alterações que irão afetar
não só a qualidade nutricional, devido à degradação de vitaminas lipossolúveis
e de ácidos graxos essenciais, mas também a integridade e segurança dos
alimentos, através da formação de compostos poliméricos potencialmente tóxicos.
O uso de antioxidantes na indústria de
alimentos e seus mecanismos funcionais têm sido amplamente estudados. Na
seleção de antioxidantes, são desejáveis as seguintes propriedades: eficácia em
baixas concentrações (0,001 a 0,01%); ausência de efeitos indesejáveis na cor,
no odor, no sabor e em outras características do alimento; compatibilidade com
o alimento e fácil aplicação; estabilidade nas condições de processo e
armazenamento e o composto e seus produtos de oxidação não podem ser tóxicos,
mesmo em doses muitos maiores das que normalmente seriam ingeridas no alimento.
Além disso, na escolha de um
antioxidante deve-se considerar também outros fatores, incluindo legislação,
custo e preferência do consumidor por antioxidantes naturais. Entre os
antioxidantes naturais mais utilizados podem ser citados tocoferóis, ácidos
fenólicos e extratos de plantas como alecrim e sálvia.
O tocoferol, por ser um dos melhores
antioxidantes naturais é amplamente aplicado como meio para inibir a oxidação
dos óleos e gorduras comestíveis, prevenindo a oxidação dos ácidos graxos insaturados.
A legislação brasileira permite a
adição de 300 mg/kg de tocoferóis em óleos e gorduras, como aditivos
intencionais, com função de antioxidante.
Os tocoferóis estão presentes de forma
natural na maioria dos óleos vegetais, em alguns tipos de pescado e atualmente
são fabricados por síntese.
Postado por: Thais C. S. Silva
Referências:
Ramalho,
VC et al. ANTIOXIDANTES UTILIZADOS EM ÓLEOS, GORDURAS E ALIMENTOS GORDUROSOS.
Quim. Nova, Vol. 29, No. 4, 755-760, 2006.
Revista
eletrônica Cyber Diet. Inclua antioxidantes no seu cardápio e ganhe saúde.
Disponível em:
http://cyberdiet.terra.com.br/10-alimentos-antioxidantes-12-1-12-42.html. Acesso em
14/05/2013.
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