O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva, pois do ponto de vista da Medicina Moderna, o sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais.
No mundo e devido a tecnologia na qual estamos engajados, há menos necessidade de movimento e exercício. A ausência deste é que a vida está muito facilitada, sendo mais difícil encontrar tempo e motivação para realizar atividade física dentro da faixa saudável. Os dados estimam que 70% da população brasileira é sedentária. Esse fato pode ser justificado pela ausência de cultura da prática da atividade física como prevenção contra problemas de saúde e como promotora do bem – estar psicológico e físico de quem a pratica.
O sedentarismo, que vem sendo considerada uma das novas doenças do milênio e que se faz presente com maior frequencia na população mundial, é um dos principais fatores para o desenvolvimento das doenças crônicas degenerativas. A falta ou grande diminuição de atividade física causa vários males para o ser humano. Cada vez mais as pessoas deixam de realizar algum exercício físico, o que pode ser fator de risco para várias doenças. Desta forma, é importante desenvolver um estilo de vida ativo para a promoção da saúde.
Existem alguns fatores ou parâmetros individuais e sócio-ambientais que podem influenciar a qualidade de vida de indivíduos ou grupos populacionais. Os parâmetros sócio-ambientais incluem as condições sociais,de moradia, transporte, segurança, assistência médica, condições de trabalho, educação, opções de lazer, entre outras. Os parâmetros individuais são hereditariedade, hábitos alimentares, controle do stress, atividade física habitual, relacionamento e comportamento preventivo. Os comportamentos sedentários não mostram padrões diferenciais entre sexos. Porém, os adolescentes têm ganhado destaque nesse grupo, devido ao tempo gasto no computador e no vídeo game.
Um dos piores, se não o principal, efeito negativo que advém do sedentarismo é a obesidade. O aumento excessivo da quantidade de gordura e do peso corporal deverá repercutir de maneira negativa tanto na qualidade como na expectativa de vida dos indivíduos.
A presença da obesidade pode acarretar em outras doenças, podendo haver um aumento no nível de glicemia em jejum isolada, assim como baixos níveis insulinêmicos, porém acaba desencontrando com efeito benéfico que o exercício físico poderia proporcionar, como a melhora da captação de glicose
Uma das consequências que pode aparecer é a diabetes, uma doença crônica que ocorre tanto quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não consegue utilizar eficazmente a insulina que produz. O aumento da pressão arterial é outra consequência.
Níveis elevados dos lipídios (gordura) no sangue, principalmente do colesterol e dos triglicerídeos, pode acarretar na dislipidemia. Ela pode ser classificada em quatro tipos bem definidos: (a) Hipercolesterolemia isolada; (b) Hipertrigliceridemia isolada; (c) Hiperlipidemia mista; (d) HDL-C baixo.
Portanto, a prática de exercícios físicos, bem como a adoção de um estilo de vida ativo, proporciona ao organismo humano uma série de adaptações desejáveis a nível metabólico, cardiorrespiratório e músculo-ósteoarticular que promovam benefícios ao bom funcionamento geral dos sistemas orgânicos, proporcionando saúde e por conseqüência melhorando a qualidade de vida.
Postado por: Dayane Oliveira Fiuza
Referências:
CAÑADA, Maria Angustias Martín et al. Sedentarismo y niveles de obesidad en las etapas de enseñanza. Efdeportes, Espanha, n. 124, set. 2008.
MORAL, José Enrique García; CRUCES, Alberto Grau. El sedentarismo y la actividad física en la adolescencia, relación con el Índice de Masa Corporal. Efdeportes, Espanha, n. 156, maio 2011.
RÔAS, Yuri Alexander Dos Santos; REIS, Eliane Josefa Barbosa Dos. Causas e conseqüências de um estilo de vida sedentário e possibilidades de transformar o conhecimento de hábitos saudáveis em ações práticas e concretas. Efdeportes, São Paulo, n. 168, maio 2012.
SILVA, Lácio César Gomes da et al. Análise do sedentarismo à prática regular de atividade física, um projeto chamado Viva Vida.Efdeportes, Minas Gerais, n. 118, mar. 2008.
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