A obesidade é o excesso de gordura
corporal, cujo diagnóstico pode ser feito através do cálculo do índice de massa
corporal (IMC).
Alguns dados ajuadam a entender a razão pela qual a obesidade
é tão preocupante: o risco de morte súbita em obesos é três vezes maior do que
em indivíduos não-obesos e o risco da população obesa desenvolver insuficiência
cardíaca congestiva, enfermidades cerebrovasculares e cardiopatia isquêmica é
duas vezes maior, além do grande risco de desenvolverem diabetes mellitus tipo
2 é 93 vezes maior, quando o IMC está acima de 35 kg/m³.
A obesidade, associada a um conjunto de doenças metabólicas
como a hipertensão, a aterosclerose, a dislipidemia o diabetes melito tipo 2,
caracteriza a Síndrome Metabólica .
Além da obesidade, a resistência insulínica é um componente
importante da Síndrome Metabólica.
Com o aumento da prevalência de
obesidade em adultos, este se tornou um problema de saúde pública, afetando
também o público infantil, pelo efeito da combinação da predisposição genética
e, especialmente, da transmissão de hábitos de vida da própria família, mas
ocorre também em razão da mudança no estilo de vida, associada ao
desenvolvimento tecnológico, com modificação nos hábitos alimentares, sobressaindo
o maior consumo calórico total de gorduras e a diminuição da atividade física.
Estudos em adultos têm mostrado que o
aumento da massa magra, resultado de exercícios de resistência, melhora a
resistência insulínica e auxilia na perda de peso em menor espaço de tempo, bem
como contribui para sua manutenção posterior.
À medida que o progresso tecnológico
avança, menor é o gasto de energia que se despende para realizar atividades cotidianas,
tanto em casa como no trabalho, igualmente para homens e mulheres.
Uma criança obesa tem maior probabilidade
de se tornar um adulto obeso, o que favorece e acelera a apresentação de algumas
doenças crônicas como o diabetes melito tipo 2, a hipertensão, as
dislipidemias, sendo que tais crianças já apresentam prevalência alta de
complicações metabólicas relacionadas à gravidade da obesidade.
Comprovadamente, a baixa tolerância à glicose é prevalente em crianças e adolescentes
obesos. Essa baixa tolerância, por sua vez, é altamente relacionada à
resistência insulínica.
A resistência insulínica, aliada à
obesidade, tem papel importante no desenvolvimento de riscos cardiovasculares
associados à Síndrome Metabólica em adolescentes.
Em adultos, os efeitos de exercícios de
resistência na homeostase da glicose, com um programa de 20 semanas de treinos
com estes exercícios em pessoas saudáveis mas, previamente sedentárias, mostram
um aumento significativo da taxa de desaparecimento de glicose.
Os efeitos benéficos do treinamento
físico na sensibilidade insulínica podem refletir os resultados combinados da diminuição
da massa gorda e, também, do aumento da massa magra. Portanto, somente a
diminuição da ingestão calórica, que reduz tanto a massa gorda quanto a magra,
não é a melhor maneira de melhorar a sensibilidade à insulina, mas sua conjugação
com a realização de exercícios físicos.
Postado por: Ingrid M. Souto e Nivalda Oliveira
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