Bebida energética utilizada para estimular o metabolismo, uma combinação de metilxantinas, vitaminas B, e ingredientes de ervas exóticas que têm por finalidade fornecer energia. Estas bebidas contêm cafeína, guaraná, taurina, ginseng, maltodextrina, inositol, carnitina, creatina, glucoronolactona, ginkgo biloba. Enquanto algumas versões contêm altos teores de açúcar, outras são adocicadas artificialmente. A carnitina apesar de ser um forte estimulante, está presente em pequenas doses, portanto qualquer efeito de explosão pode ser psicológico. A quantidade de cafeína contida em uma dose de energético corresponde a 500 ml de refrigerante à base de cola.
A taurina, um aminoácido presente no organismo humano, aumenta a resistência física e diminui os efeitos depressores do álcool.
A cafeína como é um estimulante do Sistema Nervoso Central (SNC) ocasiona aumento da atenção, estimula a liberação de adrenalina e facilita a liberação de cálcio, o que proporciona uma contração muscular mais efetiva, pode atuar em três diferentes sistemas de fornecimento de energia (ATP, anaeróbio e aeróbio) estimulando-os.
A glucoronolactona é uma substância formada a partir de glicose, auxilia nos processos de eliminação de toxinas endógenas e exógenas. No exercício físico age como um desintoxicante, diminuindo a fadiga e melhorando a performance.
A bebida energética contém grande quantidade de carboidrato, o que a caracteriza como “Bebida Energizante”. São hipertônicas, tem grande concentração de açúcar, por isto estimulam a sede. Apresenta também vitaminas hidrossolúveis, como as do complexo B.
Inicialmente a bebida energética foi desenvolvida para o público noturno, como, por exemplo, aquelas pessoas que desejavam passar a noite toda dançando. Porém hoje o perfil do consumidor é mais abrangente: tanto jovens e estudantes quanto outras pessoas de diferentes idades fazem uso dessa bebida.
A maioria das pessoas conhece os energéticos como o combustível da noite. Muito comuns em boates da moda, jovens misturam-nos com bebidas alcoólicas para ter?pique? durante toda a madrugada. Os fabricantes se
defendem dizendo que o produto não representa nenhum mal para a saúde e que pode ser usado normalmente por qualquer pessoa.
defendem dizendo que o produto não representa nenhum mal para a saúde e que pode ser usado normalmente por qualquer pessoa.
Segundo os especialistas, os energéticos são bebidas que têm em sua composição carboidratos, cafeína,inositol, glucoronalactona, taurina, algumas vitaminas e minerais, conforme a definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A taurina é um aminoácido conhecido há muito tempo,essencial ao organismo. O excesso da substância não causa problemas, pois o corpo a elimina naturalmente. A cafeína pode causar a chamada dependência leve, já que é normal tomar um cafezinho após as refeições.
Estimulante
Os energéticos são considerados substâncias estimulantes por causa da presença da cafeína em sua fórmula. A cafeína é uma metilxantina(1,3,7-trimetilxantina) com propriedades revigorantes moderadas, afirmam os profissionais do Laboratório de Metabolismo do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Portanto, no sistema nervoso central, os efeitos da cafeína se expressam na forma de redução da sensação de fadiga e de sonolência e em maior rapidez de pensamento.
Cuidado: Com doses elevadas, podem surgir sintomas de nervosismo, ansiedade, insônia, tremores e hiperestesia. A ingestão de doses de cafeína de 85 a 250 miligramas (equivalente a três xícaras de café) aumenta a capacidade de manutenção de esforços mentais.
Hidratação
Mas o corredor não pode se enganar e consumir os energéticos a fim de reidratar o corpo durante os treinamentos e as competições. Não é o mais aconselhável, pois eles não têm a proporção adequada de carboidratos nem repositores eletrolíticos (sódio e potássio), além de conter gás e cafeína, que atrapalham o processo de absorção e hidratação. A cafeína tem, por outro lado, um pequeno efeito diurético, o que pode gerar incômodos, explicam eles.
Para que servem
Eles funcionam como bebidas estimulantes, melhoram o estado de alerta e diminuem a sensação de fadiga, além de conter em sua composição os carboidratos, que são a principal fonte de energia para o corpo?, avaliam.
Cuidados
Apesar de não haver contra-indicações, os energéticos devem ser usados com cuidado, os mesmos cuidados que se tem em relação à ingestão de café. A ingestão deve ser limitada. ?Mas o energético é alternativo ao sabor do café, que tem efeitos estimulantes semelhantes, contendo ainda carboidratos, sendo, portanto uma boa opção para quem precisa de um estímulo extra.
Energético brasileiro
Sabidamente, as bebidas energéticas têm seu uso associado ao consumo de bebidas alcoólicas. ?De fato, à taurina, presente na fórmula dos energéticos, tem sido imputado um papel de estimulante indireto do consumo de álcool após condicionamento, em experimentos com modelos animais (Quertemont et al.,Alcohol, 16:201-206, 1998). Assim, o maior uso desse tipo de bebida ocorre de noite.?
Foi na tentativa de criar uma bebida energética voltada para o público fisicamente ativo que o Laboratório de Metabolismo do Instituto de Ciências Biomédicas da USP desenvolveu, com a empresa Horizonte, uma fórmula sem taurina e com a adição da Pfaffia paniculata, erva encontrada no Brasil, com propriedades semelhantes às do ginseng.
?Essa formulação gerou um produto com efeito ergogênico, detectado em experimentos com animais, incapaz de interferir no consumo de álcool, inofensivo à saúde e com as propriedades estimulantes da cafeína, contendo ainda carboidrato, principal substrato energético para atividades de intensidade moderada/alta. Hoje, a possibilidade de
comercialização desse produto está sendo avaliada pela Anvisa.
comercialização desse produto está sendo avaliada pela Anvisa.
Quem inventou
O empresário austríaco Dieter Mateschitz, em 1989, importou do Japão um xarope usado contra o sono. Foi então que surgiu o Red Bull, com o objetivo de deixar os consumidores, sobretudo os esportistas, ligados. Na Europa, há mais de 60 marcas da bebida. São autorizadas também nos EUA, onde se consome em média 1 milhão de latinhas por mês.
Bebidas energéticas estão associadas a comportamento de risco entre adolescentes (2008)
Pesquisadores da área de saúde identificaram um novo e surpreendente indicador para comportamento de risco entre adolescentes e jovens adultos: bebidas energéticas.
Energéticos com altas doses de cafeína, como Red Bull, Monster, Amp (no Brasil, Burn e Flying Horse), cresceram em popularidade na última década. Cerca de um terço dos jovens entre 12 e 14 anos afirma tomar bebidas energéticas regularmente, o que corresponde a mais de US$ 3 bilhões em vendas anuais nos Estados Unidos.
A tendência tem gerado crescente preocupação entre pesquisadores da área de saúde e profissionais de educação. Em todo o país, a bebida tem sido associada a relatos de náusea, batimentos cardíacos anormais e entradas nas emergências dos hospitais.
A tendência tem gerado crescente preocupação entre pesquisadores da área de saúde e profissionais de educação. Em todo o país, a bebida tem sido associada a relatos de náusea, batimentos cardíacos anormais e entradas nas emergências dos hospitais.
Em Colorado Springs, muitos estudantes do ensino médio ficaram doentes no ano passado depois de tomar Spike Shooter, uma bebida com alta concentração de cafeína, levando o diretor do colégio a banir as bebidas. Em março, quatro estudantes do ensino fundamental em Broward County, Flórida, foram parar na emergência com palpitações no coração e sudorese depois de beber o energético Redline. Em Tigard, Oregon, professores enviaram este mês aos pais de alunos um e-mail alertando que os estudantes que levavam energéticos para a escola estavam "literalmente alterados pela agitação da cafeína ou se recuperando de um choque de cafeína".
Novas pesquisas sugerem que as bebidas estão associadas a uma questão de saúde muito mais preocupante do que os efeitos de agitação da cafeína - cujos riscos são aceitáveis.
Em março, o "Journal of American College Health" publicou um relatório sobre a ligação entre bebidas energéticas, atletas e comportamento de risco. A autora do estudo, Kathleen Miller, pesquisadora sobre vício da Universidade de Buffalo, afirma que o estudo sugere que o alto consumo de bebidas energéticas está associado a comportamentos típicos de usuários de drogas, um conjunto de comportamentos agressivos e arriscados que inclui sexo sem proteção, abuso de substâncias e violência.
A descoberta não significa que as bebidas causam mau comportamento. Mas os dados sugerem que o consumo regular de bebidas energéticas pode ser um sinal de alerta aos pais de que seus filhos têm mais tendência a assumir riscos para sua saúde e segurança. "Parece que os jovens que tomam muito bebidas energéticas têm mais tendência a assumir riscos," disse Miller.
A American Beverage Association (Associação Americanas de Bebidas) afirma que seus membros não comercializam bebidas energéticas para adolescentes. "O público-alvo são adultos," disse o porta-voz Craig Stevens. Ele afirma que a venda está direcionada às "pessoas que realmente podem pagar os dois ou três dólares pelo produto."
As bebidas possuem uma variedade de ingredientes em diferentes combinações: estimulantes naturais como guaraná, ervas como ginkgo e ginseng, açúcar, aminoácidos, incluindo taurina, e também vitaminas. Mas o principal ingrediente ativo é a cafeína.
A dose de cafeína varia. Uma porção de 340 gramas do energético Amp contém 107 miligramas de cafeína; a mesma quantidade de Coca-Cola ou Pepsi tem de 34 a 38mg. O energético Monster tem 120mg de cafeína e o Red Bull tem 116mg. A mais alta concentração é a do Spiker Shooter, que contém 428mg de cafeína em cada 340 gramas, e o Wired X344, com 258mg.
Steve ressalta que as bebidas energéticas mais conhecidas geralmente têm menos cafeína do que uma xícara de café. Na Starbucks, a dose de cafeína varia segundo a bebida, de 75mg em um cappuccino ou latte de 350ml, até 250mg em um café de 350ml passado no coador.
Uma preocupação em relação a essas bebidas é que, pelo fato de serem servidas geladas, podem ser consumidas em grandes quantidades e mais rapidamente do que bebidas quentes como café, que são bebericadas.
Outra preocupação é a crescente popularidade da mistura de energéticos com álcool. A adição de cafeína pode fazer usuários de álcool se sentirem menos bêbados, mas a coordenação motora e o tempo de reação visual são tão prejudicados quanto quando bebem álcool puro, segundo um estudo de abril de 2006 publicado no informativo médico Alcoolismo: Pesquisas Clínicas e Experimentais.
"Você fica cem por cento bêbado do mesmo jeito, só que um bêbado acordado", disse Drª. Mary Claire O'Brien, professora associada dos departamentos de medicina emergencial e serviços de saúde pública da Wake Forest University Baptist Medical Center, em Winston-Salem, na Carolina do Norte.
Postado por: Aline Roschel e Flavio Faitarone
Nenhum comentário:
Postar um comentário