Dentre os desafios encontrados pelos maratonistas, está a luta contra o envelhecimento precoce, e a lenta recuperação muscular.
Isso acontece pelos mecanismos de estresse oxidativo (isquemia\reperfusão).
Tal atividade requer aumento de VO2 máximo (volume de oxigênio máximo) e controle do limiar do lactato para manter o ritmo.
A oxidação dos componentes da hemoglobina, catecolaminas pela intensidade do exercício promovem cascata de reações metabólicas que produzem radicais livres.
Os EROS e ERN ( especies reativas ao oxigênio e nitrogênio) são importantes para modularem a captação da glicose, metabolismo mitocondrial, transcrição gênica e catabolismo muscular, porém o excesso causa estresse oxidativo, que é prejudicial a células.
Há também a possibilidade de reperfusão que promove alterações no metabolismo muscular causadas por dano celular, subsequente ao estresse oxidativo.
A nutrição é importante na reposição dos estoques de macronutrientes coordenados com sua atividade, sendo que a via + recrutada é a aeróbica, portanto tendo maior demanda por carboidratos, que devem ser ofertados em quantidades e qualidade adequada e coordenada ao momento do dia do atleta.
A lenta recuperação muscular sinaliza uma carência de proteínas e nutrientes, tempo adequado de descanso, e talvez falta de treino de força e não apenas de resistência. Mostra ainda uma alteração metabólica por baixo carboidrato e alto cortisol que inibe a síntese proteica e a lipogênese.
Atenção também a hidratação ou hiponatremia.
Os fatores acima podem acontecer devido à a ausência de alimentos fontes de antioxidantes aliado à forte atividade de reperfusão que desencadeia grande volume de radicais livres e ativação da inflamação. O saldo negativo de EROS x nutrientes antioxidantes favorece o estresse oxidativo e por consequência o envelhecimento precoce.
Devemos então, ter um profissional qualificado, como um nutricionista capacitado à área esportiva, para ajustar sua alimentação quanto a quantidade (macronutrientes) e qualidade (micronutrientes). Isso significa incluir alimentos antioxidantes, diversificados, ricos em frutas, verduras e legumes, contribuindo para o 1º, 2º e 3º sistema de defesa de antioxidantes. São eles: vitamina E, vitamina C, zinco, flavonoides, betacaroteno, selênio, cobre, magnésio e glutationa, e por fim, quando a base da alimentação estiver a contento, incluir os suplementos se assim for o caso. Os alimentos fontes de antioxidantes estão na tabela a seguir:
Antioxidantes | Alimentos |
Vitamina C | Laranja, limão, goiaba e acerola |
Vitamina E | Azeite de oliva, abacate e nozes |
Betacaroteno | Cenoura, abóbora e mamão |
Licopeno | Tomate, melancia e pitanga |
Resveratrol | Mirtilo, uva roxa e cacau |
Antocianina | Açaí, repolho roxo e jabuticaba |
- Petry, É. R. et al - Suplementação nutricionais e estresse oxidativo. Imperfeições na atividade física e no esporte. Revista Brasileira de ciências do esporte. V 35, N4.P 1071-1092, out. 2013.
- Amorim, A. G; Tirapegui, J.. Aspectos atuais da relação entre exercício físico, estresse oxidativo e magnésio. Revista de Nutrição, v.21, n.5,p. 563-575, set.2008.
Estagiaras:
- Christiane Gallucci -FMU Nutrição -7 sem;
- Giovanna Tritapepe Cerutti - FMU Nutrição - 7 sem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário