O excesso de peso corporal está intrinsecamente associada a um maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como cardiovasculares e diabetes tipo 2.A prevenção ou tratamento da obesidade é recomendada para evitar ou reverter tais doenças, a estratégia para cuidar da obesidade é focada principalmente a fim de reduzir o consumo de energia e aumentar o gasto energético.
Mudanças no estilo de vida e redução do consumo de energia podem resultar em uma perda de peso , porém a resposta de cada indivíduo é varia ;pesquisas foram feitas a respeito para explicar tal fenômeno , tais analises sustentam a hipótese que a variação genética e a interação com o ambiente pode explicar por que alguns indivíduos são mais propensos a ganhar peso que outros em ambiente similar. A genética possui um papel fundamental na regulação do peso , pois há genes que comandam o apetite,metabolismo e gasto energético. Foram analisados em pessoas com excesso de peso os genes candidatos mais plausíveis relacionadas ao balanço energético, dieta , alteração da composição corporal em resposta a exercícios físicos e a à dieta.
A adaptação e alteração da taxa metabólica após a perda de peso varia muito de individuo para individuo , alguns vão diminuir e se adaptar ao tamanho do novo órgão e outros vão diminuir porém vão resistir à perda de peso, essa diferença vária de acordo com os genes.
A regulação da ingestão de alimentos envolve vários genes e mecanismos, como por exemplo homozigotos para o alelo Ala12 tiveram mais sucesso na perda de peso e na sua manutenção , em uma pesquisa com três anos de duração observaram que o polimorfismo(uma variação dos genes interagidos com o ambiente que podem ser separados em grupos diferentes) foi associado com mulheres obesas e resistentes à dieta.Já outra analise relatou nenhuma diferença na perda de peso para os portadores do Ala12 ,com um estudo de 6 meses com dieta hipocalórica com mulheres de pós-menopausa . Outro achado interessante é que a dieta e o exercício têm efeitos opostos sobre a perda de peso , em portadores Ala 12 eles se mostraram mais resistentes à dieta- induzida para perda de peso , e mais propensos à perda com ajuda de exercícios físicos.
Há também estudos sobre drogas que ajudam na perda de peso induzida , nestes foi possível concluir que a genotipagem pode ser um fator relevante sobre a eficácia do medicamento para o tratamento de obesidade.
Respostas a perda de peso ,transformações na dieta ,medicamentos, cirurgia e acréscimo de exercício físico podem variar de indivíduo para indivíduo.Os estudos ainda são muito incompletos pois não foram levados em consideração a etnia, condição física,diferença entre estilo de vida e idade, se todos esses fossem levados em consideração seria muito mais difícil uma analise precisa. Visto isso estudos da influencia dos genes e a perda de peso ainda devem ser meticulosamente analisadas antes de aplicá-los a prática clinica.
Pesquisas nutrigenéticas estão no inicio ainda , com isso não é possível prescrever dietas personalizadas com base em informações genéticas, porém é possível saber porque alguns indivíduos são bem sucedidos na perda e manutenção do peso e qual seria o tratamento mas adequado para isso, assim contribuindo para anti- obesidade e podendo ajudar na produção de drogas para o tratamento obesidade.
Postado por :Clara Igel
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302009000200003&lang=pt
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