Nesta semana comemoramos a “Semana do Coração” que tem como objetivo a reflexão do cuidado que estamos tendo com o nosso.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório no último dia 14 que mostra que 33% das mortes no Brasil são causadas por doenças cardiovasculares, que afetam o coração ou os vasos sanguíneos. Essas doenças são a principal causa de mortes no País.
A patogenia mais encontrada das doenças cardiovasculares é, indiscutivelmente, a aterosclerose coronária, que pode acometer inclusive pacientes jovens.
A aterosclerose é uma doença crônica - degenerativa que leva à obstrução das artérias (vasos que levam o sangue para os tecidos) pelo acúmulo de lipídios (principalmente colesterol) em suas paredes. A aterosclerose pode causar danos a órgãos importantes ou até mesmo levar à morte. Tem início nos primeiros anos de vida, mas sua manifestação clínica geralmente ocorre no adulto.
Geralmente a aterosclerose não produz sintomas até que as artérias sejam obstruidas. Quando isso ocorre, o sintoma irá aparecer de acordo com o órgão afetado. Com a obstrução das artérias do coração ocorrerá dores no peito (angina ou infarto), no cérebro irá acarretar um acidente vascular cerebral (derrame), já nos membros inferiores este evento irá provocar dores na perna (trombose)
Fatores de Risco são condições que predispõem uma pessoa a maior risco de desenvolver doenças do coração e dos vasos.Existem diversos fatores de risco para doenças cardiovasculares, os quais podem ser divididos em não modificáveis ou irreversíveis e os fatores de risco modificáveis ou reversíveis.
Fatores de risco não modificáveis ou irreversíveis são:
Idade, Sexo, Hereditariedade
E fatores de risco modificáveis ou reversíveis incluem:
Sedentarismo - Ter um estilo de vida sedentário leva ao sobrepeso, que pode resultar em diabetes e na elevação da pressão arterial. Exercícios também podem abaixar os níveis de LDL e aumentar os de HDL, além de fortalecer o coração e aumentar não só sua eficiência, como a do uso de oxigênio pelo corpo.
Obesidade - De uma forma simples, a obesidade pode ser definida como uma doença na qual ocorre acúmulo excessivo ou anormal de gordura no tecido adiposo, causando prejuízo à saúde. São consideradas obesas pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m². A circunferência abdominal é um forte indicador para doença cardíaca e diabetes, seu valor ideal é menor que 80 cm para mulheres e 94 cm para homens.
Hipetensão Arterial - A aterosclerose é duas vezes mais frequente nas pessoas hipertensas do que na população em geral, devido ao fato de que Anos de hipertensão podem danificar as paredes das artérias, fazendo com que elas fiquem rígidas e estreitas favorecendo assim o acúmulo de gordura nessas regiões.
Estresse - Envolve a tensão emocional, o nervosismo, a vida agitada e as pressões a que somos submetidos diariamente no trabalho, no trânsito ou em casa. Altos níveis de estresse podem ser fatores de risco para doenças cardíacas. O estresse provoca liberação adrenérgica forçando seu coração a trabalhar mais e, com isso, aumentar sua pressão arterial e sua pulsação.
Colesterol aumentado - O colesterol é uma substância de gordura encontrada em células de todas as partes do corpo. Quando o LDL está em excesso no sangue lesa os vasos e ainda se deposita na parede formando as placas de ateroma, já o HDL é conhecido como o “bom colesterol” porque remove o excesso de colesterol e leva ao fígado onde será eliminado.
Triglicerídios aumentados - Aumento da gordura no sangue vinda de alimentos ricos em carboidratos (doces em geral, refrigerantes e mel), o que também contribui para o entupimento das artérias do coração.
Diabetes - A diabetes mellitus aumenta o risco de aterosclerose, pois eleva os níveis de colesterol e para piorar, grande parte das pessoas com diabetes está acima do peso e, com isso, agravam ainda mais a sua condição e os riscos provenientes dela.
Para prevenir a aterosclerose e as suas complicações devem eliminar-se os fatores de risco controláveis,no que diz respeito a alimentação recomenda-se a realização de uma dieta, de modo a manter o peso adequado, especialmente em caso de obesidade, e para controlar os níveis de colesterol e de outros lipídios no sangue. Para concretizar este objetivo, é importante reduzir a ingestão de alimentos ricos em gorduras de origem animal como queijos gordos, gema de ovo, manteiga, carnes, vísceras e mariscos. E incluir mais legumes e vegetais. Peixes devem ser incluídos pelo menos 2 vezes por semana, principalmente os ricos em ômega-3 como o atum, o salmão e a sardinha, alimentos ricos em flavonóides como o suco de uva, pois podem ajudar a reduzir os riscos de doenças do coração, alimentos ricos em Vitamina C como o limão, acerola, caju, pimentão, Vitamina E como óleos vegetais, sementes, gérmen de trigo, etc., pois têm função antioxidante, alimentos ricos em fibras como aveia, frutas com casca, verduras, etc. ajudam a manter os níveis de colesterol em ordem. E na hora de cozinhar, prefira as preparações grelhadas, cozidas no vapor ou feitas no forno. Deixando de lado as frituras.
Postado por Danielle Loverri
Fontes consultadas:
III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq. Bras. Cardiol. Vol.77 suppl.3 São Paulo Nov. 200.
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