Durante as últimas décadas, evidências científicas vêm demonstrando que as isoflavonas podem trazer benefícios no controle de doenças crônicas tais como câncer, diabetes mellitus, osteoporose e doenças cardiovasculares. Estes compostos estão amplamente distribuídos no reino vegetal e concentrações relativamente maiores são encontradas nas leguminosas, em particular, na soja (Glycne max).
Isoflavonas versus osteoporose
A osteoporose é uma enfermidade crônica que ocorre quando a taxa de degradação óssea dos osteoclastos excede à sua formação. Recentes estudos epidemiológicos tem sugerido que a incidência de osteoporose pós-menopausa é menor na Ásia que no ocidente. Uma das possíveis explicações para esta diferença se baseia na elevada ingestão de produtos de soja, ricos em isoflavonas, pelas mulheres asiáticas (Potter et al., 1998). Por outro lado, estudos de massa óssea em modelos-animais demonstram um efeito bifásico das isoflavonas na retenção óssea com altas doses apresentando menores benefícios e menores doses apresentando melhoria na retenção da massa óssea (Molteni et al., 1995). Vários possíveis mecanismos têm sido sugeridos para explicar os efeitos benéficos das isoflavonas de soja no tecido ósseo, os quais podem ajudar a prevenir o desenvolvimento da osteoporose. Tem-se sugerido que os osteoblastos e os osteoclastos são as células alvo para a ação da genisteína e da daidzeína. Estudos em cultura de células semelhantes a osteoblastos sugerem que a genisteína combina com receptores de estrógenos e exerce seus efeitos pelo mesmo mecanismo que este hormônio. Por outro lado, ela pode também exercer efeitos por outros mecanismos, independentes de receptores para estrógenos (Williams et al., 1998).
Erdman Jr et al. (1996) investigaram mudanças na densidade óssea e no conteúdo mineral do osso antes e seguindo um período de 6 meses de alimentação. Mulheres em período pós-menopausa receberam 40 g de proteína por dia, proveniente de isolado protéico de soja com 1,39 mg de isoflavonas/g de proteína (IPS) ou com 2,25 mg de isoflavonas/g de proteína (IPS+) ou caseína (controle). Os resultados indicaram aumentos significativos no conteúdo mineral e densidade do osso nos grupos IPS e IPS+ quando comparados com o controle. Apesar de ter sido um estudo à curto prazo, estes resultados sugerem o papel potencial das soflavonas de soja na manutenção da saúde do osso.
Termos de indexação: isoflavonas, menopausa, osteoporose.
ERDAMAN Jr, J.W., STILLMAN, R.J., LEE, K.F. Short-term effect of soybean isoflavones on bone in postmenopausal women. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON THE ROLE OF SOY IN PREVENTING AND TREATING CHRONIC DISEASE, 2., 1996, Belgium. Program and Abstract Book. Belgium, 1996. p.21. [ Links ]
ESMINGER, A.H., ESMINGER, M.E., KONLANDE, J.F. Diabetes mellitus: foods and nutrition encyclopedia. London : RRC, 1994. p.555-575. [ Links ]
WILLIAMS, J.P., JORDAN, S.E., BARNES, S. Tyrosine kinase inhibitor effects on osteoclastic acid transport.American Journal of Clinical Nutrition, Bethesda, v.68, n.6, p.1369S-1374S, 1998. Supplement. [ Links ]
Postado por Keite LagoWILLIAMS, J.P., JORDAN, S.E., BARNES, S. Tyrosine kinase inhibitor effects on osteoclastic acid transport.American Journal of Clinical Nutrition, Bethesda, v.68, n.6, p.1369S-1374S, 1998. Supplement. [ Links ]
Nenhum comentário:
Postar um comentário