segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A importância da atividade física na prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).



As enfermidades do coração são as principais causas de morte em todo o mundo. Estudos demonstram que 54% das mortes relacionados aos problemas cardíacos estão relacionados ao estilo de vida, onde estão envolvidos os hábitos alimentares, o estilo de vida pouco ativo, pressão arterial elevado, obesidade, alcoolismo e tabagismo.

O modo de vida inadequado pode ocasionar alterações metabólicas que são reconhecidas atualmente por síndrome metabólica e possui características como a resistência à insulina, hiperinsulinemia, intolerância à glicose/diabete do tipo 2, obesidade central e dislipidemia (LDL-colesterol alto, triglicérides alto e HDL-colesterol baixo).

A prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, seus fatores de risco, e outras doenças crônicas.

Diabetes Mellitus 2 (resistência à insulina):

A prática de atividade física apresenta-se como uma importante ferramenta no tratamento de indivíduos com diabetes do tipo 2. A realização de programas de exercícios físicos tem apresentado eficiência no controle glicêmico de diabéticos, melhorando a sensibilidade à insulina e tolerância à glicose, e diminuindo a glicemia sanguínea desses indivíduos.

Hipertensão arterial:

O exercício aeróbio representa um importante benefício para a saúde dos indivíduos hipertensos e com reduções de apenas de 2 mmHg na pressão diastólica podem diminuir substancialmente o risco de doenças e mortes associadas à hipertensão. Grande tem sido a preocupação de pacientes hipertensos ao realizarem exercícios, devido ao receio da atividade precipitar um evento cerebrovascular ou cardíaco. Porém, estudos investigando o efeito de longo período de treinamento com exercício sobre a pressão sanguínea de repouso não apresentaram efeitos deletérios.

Dislipidemias:

O impacto da atividade e da anatividade física sobre a mobilização de lipídeos é bem conhecido que a prática regular deatividade física aumenta o HDL-colesterol, diminui triglicérides (TG) e LDL-colesterol e ainda aumenta a sensibilidade à insulina . No entanto,   boa parte ou a quase totalidade desses efeitos positivos se revertem caso a pessoa suspenda a prática de atividade física. Recentemente, foi demonstrado que o destreinamento leva a diminuição do HDLcolesterol, aumento da massa de gordura, do LDL-colesterol, da relação LDL/HDL-colesterol e dos triglicérides.

CIOLAC, E.G; GUIMARÃES G.V. Exercício físico e síndrome metabólica. Rev. Bras. Med. Esporte. v. 10, n. 4, p. 319-324. 2004.

MATSUDO, V. K. R. et al. Dislipidemias e a promoção da atividade física: uma revisão na perspectiva de mensagens de inclusão. R. bras. Ci. e Mov. v. 13, n. 2, p.161-17. 2005.

MACEDO, C. de S. G. et al. Benefícios do exercício físico para a qualidade de vida. Revista Brasileira de Atividade Física: Saúde. v. 8, n. 2, p. 19-27. 2003.

Publicado por: Gabriela Senedez e Wagner Jr.

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