O Hormônio de Crescimento Humano (GH) é secretado pela
glândula hipófise que está localizada no centro do cérebro, com picos de
produção durante a adolescência quando o crescimento é muito rápido.
É o hormônio responsável por manter a saúde física e
mental e pela reparação dos tecidos, fazendo a substituição de células,
força óssea, função cerebral, produção de enzimas, integridade dos
cabelos, unhas e pele.
Basicamente os efeitos orgânicos associados GH são
causados através de uma substância chamada IGF-1 ("Insulin-Like
Growth Factor-1 ou Fator de Crescimento Insulina Símile-1"). O
fígado e outros tecidos são estimulados pelo Hormônio de Crescimento a
secretar o IGF-1 que é a substância responsável pelo aumento da massa
muscular, diminuição do percentual de gordura, crescimento dos nervos e ossos,
aumento do colágeno com redução das rugas da pele, aumento da energia e das
funções mentais, neurológicas e sexuais.
O treinamento físico em contrapartida, além de ser reconhecido
como importante para manutenção da saúde, também atua sobre o crescimento, uma
vez que o GH, bem como outros hormônios contra-regulatórios, tendem a elevar
seus níveis quando as necessidades metabólicas aumentam em situações
específicas como no exercício físico.
Segundo estudos realizados com ratos diabéticos e não
diabéticos (com atividade física), os primeiros apresentaram síntese ou
liberação de GH pela hipófise prejudicada e a ação do exercício físico e quanto
aos últimos citados, resultou no aumento dos níveis de IGF-1 nos grupos
treinados.
Funções metabólicas do GH:
- Aumento dos ácidos graxos livres (AGLs) circulantes (via lipólise), os quais competem pelos sítios de ligação da glicose no músculo, inibindo a captação da glicose sérica e produzindo resistência à ação da insulina nos tecidos musculares;
- Estímulo à formação de glicose (gliconeogênese) e inibe a atividade da glicogênio-sintetase muscular, comprometendo o aproveitamento da glicose e aumentando a resistência à ação da insulina;
- Aumento da síntese de proteínas (via atuação IGF-1) em todos os tecidos corporais, mais especificamente no músculo esquelético;
“Sabe-se que a secreção de GH sofre claras variações
relacionadas à idade que geralmente são reproduzidos por níveis de IGF-I. Secreção
de GH aumenta gradualmente durante a infância, os picos durante a puberdade e,
em seguida, diminui durante a vida adulta (6,13-15). Esta queda progressiva
da secreção de GH está associada a alterações somáticas que ocorrem como parte
do processo de envelhecimento e incluem uma perda de massa magra, diminuição da
força muscular e aumento total e massa de gordura visceral.” (MICMACHER, E. et
al, 2009).
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, R. M. Mitos e Verdades sobre o Hormônio
de Crescimento e o Pro-Hormônio de Crescimento em sua ação no
Rejuvenescimento, Estímulo do Crescimento em Jovens e Aumento de Massa Muscular
em Atletas [Internet]. Disponível em: <http://www.palavrademedico.kit.net/tema22.htm>.
Acesso em: 30 nov. 2011.
COSTENARO, F. et al. DIABETES MELITO E ACROMEGALIA:
INTERAÇÕES ENTRE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO E INSULINA. Porto Alegre, v. 30, n. 4,
p. 321-326. 2010.
GOMES, R. J. et al. Efeitos do treinamento físico sobre o
hormônio do crescimento (GH) e fator de crescimento semelhante à insulina
(IGF-1) em ratos diabéticos. R. bras. Ci. e Mo. v. Brasília, v. 11, n. 3, p.
57-62. 2003.
MICMACHER, E. et al. Growth hormone secretion in response
to glucagon stimulation test in healthy middle-aged men. Arq. Bras. Endocrinol.
Metab. São Paulo, v. 53, n. 7, p. 853-858. 2009.
POSTADO POR: Gabriela Senedez e Wagner Junior.
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