As nitrosaminas são compostos orgânicos encontrados em
alimentos embutidos que utilizam nitratos e/ou nitritos para sua conservação,
entre eles há o destaque para os alimentos defumados, queijos e carnes curadas.
Essas substâncias podem se formar em alimentos armazenados sob condições
inadequadas, propiciando o crescimento de fungos capazes de reduzir o nitrato
para formação de nitritos e, consequentemente formar as nitrosaminas.
A concentração destas substâncias é dependente de fatores
como: processo de cocção, concentração de nitrito residual ou adicionado,
concentração de precursores das nitrosaminas, condições e métodos de
pré-processamento, conteúdo de umidade, presença de catalisadores e inibidores
da nitrosação.
Desde 1956, estudos toxicológicos foram pesquisados e
obtiveram como resultados a indução de tumores no fígado de ratos alimentados
com ração contaminada por nitrosaminas. Essas substâncias mostraram-se carcinogênicas
em outros animais, principalmente em mamíferos, presumindo-se que o homem
também seja sensível a ação tóxica destes compostos.
A exposição humana às nitrosaminas pode ocorre devido a alguns
hábitos como o tabagismo, e produtos químicos. Porém, a alimentação é a
responsável pela maior exposição, dependendo da média de ingestão apresentada. “Segundo
Lijinski, a estimativa de ingestão diária de nitrosaminas por pessoas encontra-se
na ordem de 1 µg pessoa-dia. Contudo, este valor poderá ser próximo a zero para
muitas pessoas e consideravelmente maior para outras que possuam uma dieta rica
em carnes curadas”.
A formação endógena de nitrosaminas ocorre entre um
agente nitrosante e aminas, amidas ou alquiluréias, ação que é favorecida em pH
ácido (entre 2 e 4) e propícia à região do estômago. A presença destes
compostos orgânicos induzem a tumores em diferentes órgãos.
REFERÊNCIAS:
DUTRA, C. B.; RATH. S.; REYES. F. G. R. Nitrosaminas voláteis
em alimentos. Alim. Nutr. Araraquara, v. 18, n. 1, p. 111-120. 2007.
ABREU, E. de. A prevenção primária e a detecção do câncer
de estômago. Cad. Saúde Públ. Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 105-108. 1997.
Postado por: Gabriela Senedez e Wagner Junior.
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