Alimentos contaminados por bactérias patogênicas podem
levar indivíduos a complicações como desidratação, crises de hipoglicemia e
intoxicação alimentar, diarréia, náuseas, vômitos, dores de estômago e até
febre.
As condições higiênicas do local em que são produzidos e
manipulados os alimentos interferem diretamente na sua qualidade
microbiológica, podendo disseminar agentes patológicos. A falta de cuidados no
preparo de lanches ao ar livre, bem como a alta temperatura e a umidade em
regiões litorâneas favorecem a proliferação de bactérias e vírus.
Alimentos como: queijo coalho, sanduíches, “raspadinhas”,
salgadinhos, pastéis, empadas, salada de frutas, milho e camarões, são quase
uma tradição nas praias lotadas durante o verão. Porém, esses alimentos
requerem cuidados, que quase sempre não são seguidos pelos vendedores, o que os
torna inadequados para a venda.
A respeito dos pescados, sugere-se um cuidado maior
devido a sua suscetibilidade à decomposição por enzimas e bactérias, elevada
atividade de água, gordura facilmente oxidável e pH próximo da neutralidade. Sendo
altamente perecível, o pescado exige cuidados especiais para que as suas
características microbiológicas, sensoriais, físico-quimicas e nutricionais permanecem
viáveis ao consumo.
Frutos do mar como ostras e os camarões (crus ou
levemente cozidos) podem transmitir doenças como a salmonelose causada pela
bactéria Salmonella enteritidis. O
perigo de infecção por esta bactéria é mais suscetível em crianças, pequenas,
idosos, gestantes, pessoas crônicas ou deficiências imunológicas.
O êxito no preparo de pescados e derivados está
relacionado a fatores como tempo, higiene e temperatura, ou seja, rapidez na
manipulação, o uso de utensílios limpos e não exposição do alimento à
temperatura ambiente por tempo superior de trinta minutos. Por isso os
alimentos devem ser armazenados em temperatura adequadas e preparadas próximo a
hora de ser servida.
REFERÊNCIAS:
SILVA, V. H. M. O olhar do turismólogo para os riscos à
saúde dos turistas: uma experiência no curso de graduação em turismo da UFF. V
SeminTUR. Caxias do Sul, p.1-14. 2008.
Machado, T. M et al. Fatores que afetam a qualidade do
pescado na pesca artesanal de municípios da costa sul de São Paulo, Brasil. Bol.
Inst. Pesca. São Paulo, v. 36, n.3, p. 213-223. 2010.
PASSOS, E. C. et al. Provável surto de toxinfecção
alimentar em funcionários de uma empresa no litoral da região sudeste do
Brasil. Rev. Inst. Adolfo Lutz. São Paulo, v. 69, n. 1, p. 136-140. 2010.
Postado por: Gabriela Senedez e Wagner Junior.
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