Testosterona é um hormônio masculino produzido nos testículos e nas glândulas suprarrenais. Ele é responsável por todas as características sexuais dos homens - aparecimento dos pelos, aumento dos músculos, engrossamento da voz e utilização da gordura do corpo. Também está ligado à libido, à agressividade e à disposição. A substância também é produzida nas mulheres, nas glândulas suprarrenais e no ovário, mas em uma quantidade 30 vezes menor.
Em homens, foi demonstrado que os níveis de Testosterona (T) aumentam por antecipação a uma competição desportiva, mantendo-se elevados nos vencedores e decrescendo para níveis basais nos derrotados. Nas mulheres a promessa é tentadora: menos gordura corporal, músculos mais volumosos e definidos, celulite praticamente inexistente, estrias atenuadas e libido nas alturas. Para isso, segundo os simpatizantes do hormônio masculino testosterona, basta tomar algumas injeções, engolir um punhado de pílulas, colocar um implante sob a pele, passar um gel ou colar um adesivo sobre ela.
Apesar dos "benefícios", os médicos discordam em peso dessa prática. Pois sua ingestão em mulheres representa riscos e efeitos colaterais.
A lista de reações adversas provocadas no corpo feminino pelo uso sem indicação da testosterona é de meter medo. Entre elas está o aparecimento de acne, o crescimento do clitóris, a queda de cabelo, a retenção hídrica, que provoca inchaço, e as alterações no comportamento, o que costuma deixar a pessoa mais agressiva.
Se a dose for muito elevada ou o tempo de uso prolongado, o quadro fica ainda mais complicado. Pode ocorrer o aumento da formação dos glóbulos vermelhos e de fatores de coagulação do sangue, o que eleva o risco de trombose, hepatite, aparecimento de cistos e tumores malignos no fígado, a redução do bom colesterol (HDL) e o aumento do mau (LDL).
Por isso, os médicos alertam as usuárias que, quanto antes o organismo parar de receber a testosterona, melhor.
Postado por Daniela Alvarenga e Elineides Silva
Referências:
Sá, M.F.S.; Ferriani, R.A.; Moura, M. D.; Franco Junior, J. G.; Bregieiro, L.O.R. Modificaçoes nos níveis plasmáticos de prolactina e testoterona em mulheres atletas durante o exercício físico. Rev. bras. ginecol. obstet; Brasília, 1988
Smilios I, Pilianidis T, Karamouzis M, Tokmakidis S. Hormonal responses after various resistance exercise protocols. Med Sci Sports Exerc 2003
Herold DA, Fitzgerald RL. Immunoassays for testosterone in women: better than a guess? Clin Chem 2003
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