A vitamina D, a “vitamina solar”, chamada de calciferol
mantém os níveis de cálcio e fósforo (promotora da absorção) para que as
reações nas células possam se manter viáveis. O ressurgimento do raquitismo
(problema decorrente da falta de vitamina D), assim como a deficiência dessa
vitamina em adultos do mundo inteiro tem sido observada nos últimos anos. Citada
recentemente como possível protetora contra o câncer, diabetes e artrite,
estudos apontam que sua deficiência pode estar associada as causas do mal de Parkinson
e ainda outro estudo associa o baixo índice de vitamina D com mortalidade
(saiba mais no site www.clinicaesportiva.com.br).
A vitamina D com certeza merece sua atenção.
Há duas formas de conseguir essa vitamina, a produção
pelo organismo e a partir da ingestão de alimentos. A vitamina D pode ser
produzida pelo nosso corpo pelo contato da pele com os raios solares, podemos também
obtê-la ingerindo alguns produtos derivados de animais como óleo de fígado de
peixe, peixes gordos e alimentos fortificados.
A carência de vitamina D provoca o retardo na formação e
crescimento das cartilagens dos ossos. Nas crianças gera o raquitismo (retardo
no crescimento e deformidades ósseas) e o equivalente no adulto se chama
osteomalácea o que os tornam mais propensos à osteoporose. Os principais
estoques de vitamina D são os tecidos adiposos isso é importante, pois no
inverno quando a exposição solar é menos essa vitamina acumulada pode ser
utilizada.
Necessidades
de vitamina D variam de acordo com a faixa etária:
Homens
e Mulheres
|
Quantidade
|
De 9 aos 49 anos
|
5 mcg/dia
|
De 50 a 70 anos
|
10 mcg/dia
|
Acima de 70 anos
|
15 mcg/dia
|
*Esses valores são recomendados para indivíduos que não
se expõem adequadamente a luz solar.
Teoricamente quem se expõe aos raios solares, de forma
adequada, não necessita ingerir vitamina D,não podemos considerar que a exposição
casual a luz solar seja suficiente para suprir as necessidades de vitamina D,
alguns autores recomendam que as pessoas tomem sol por 5 a 30 minutos
diariamente, expondo as mãos, antebraços e face, no início da manhã ou no final
da tarde. No intestino a vitamina D intensifica a absorção de Cálcio ingerido e
no rim evita que o cálcio seja perdido pela urina.
Devemos lembrar que a exposição solar excessiva está
associada ao surgimento de rugas e câncer de pele. No entanto essa mesma
irradiação solar é responsável pela produção de vitamina D. A aplicação de
filtro solar fator 8 pode reduzir em 95%
a produção de vitamina D pela pele. Dessa forma é preconizado que as
pessoas que utilizam filtros solares diariamente se exponham inicialmente ao
sol no inicio da manhã ou no final da tarde, por pouco tempo ( 5 minutos apenas
antes de utilizar o filtro solar e que fujam do sol do meio dia.
Para indivíduos que não se expõem adequadamente ao sol ou
não ingerem alimentos com vitamina D suficiente, pode ser utilizado suplemento
da vitamina D.
A vitamina D2 (ergocalciferol) é a menos eficiente do que
a D3 (colecalciferol) para a manutenção dos níveis adequados de vitamina D. O
uso de vitamina D em idosos pode
diminuir o risco de fraturas e quedas em 20%.
Cuidado
Como a vitamina D é lipossolúvel (solúvel em gordura ),
pode ser acumulada no organismo. Isso pode ser nocivo, caso o consumo seja
excessivo. O limite máximo de ingestão diária recomendada de vitamina D é de 50
mcg (2000 UI).
Curiosidade:
Vitamina D e o controle de peso
A vitamina D auxilia na absorção de cálcio, que por sua
vez tem um efeito queimador de gordura. Para poder queimar a gordura, o
organismo requer bastante vitamina D. Por outro lado, se a concentração de
cálcio for muito baixa, um hormônio para tireóideo (paratormônio – PTH) e a
vitamina D aumentam a resposta a essa queda e levam o organismo a pensar que
está passando fome. Consequentemente, mais calorias vão para reserva na forma
de gordura e a pessoa ganha peso.
Referências:
SLYWITCH, Eric, Alimentação sem carne ,2ª edição Editora
Manole, 2010
Kleiner,
SM, Greenwood-Robinson, M., Nutrição para o Treinamento de Força, 3 ª Edição
Editora Manole, 2009
Postado
por: Amanda Curti e Fau Beydoun
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