quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dopagem no Esporte: Definição, Um pouco de História e Algumas Substâncias





        O uso de substâncias químicas para melhorar artificialmente o desempenho em atividades físicas caracteriza a dopagem. Essa conduta é comum em diversos meios da sociedade e por isso tem se tornado cada vez mais comum entre os esportistas, apesar dos esforços pelo contrário.
  
        Existem alguns fatos que contribuem para essa situação como a supervalorização dos eventos esportivos e à consequente vontade dos atletas em vencer a qualquer custo, utilizando para isso qualquer recurso, seja ele ético ou não.

        Infelizmente, o uso de substâncias químicas para tentar obter benefícios físicos não é um acontecimento recente. Talvez a primeira morte relacionada ao uso de drogas no esporte que se têm notícia seja a de um ciclista em 1896, cujo treinador foi acusado de oferecer estricnina (substância altamente tóxica) na tentativa de melhorar seu rendimento.

        O controle antidoping tem sido a forma mais consciente de tentar minimizar este grave problema, e tem por base a identificação de qualquer substancia considerada doping em amostras biológicas (sangue e urina, por exemplo) fornecidas pelos atletas em competição ou durante a fase de treinamento. Nos regulamentos elaborados pelos responsáveis pelo controle antidoping consta uma lista de substâncias e métodos proibidos.

        Atualmente as classes das substâncias são:

        Estimulantes: agem promovendo um aumento do estado de alerta diminuindo a sensação de cansaço. Exemplos incluem a cafeína, anfetaminas e a cocaína.

        Narcóticos: substâncias derivadas do ópio (suco extraído dos frutos da papoula) ou seus substitutos. Estão relacionados ao objetivo de mascarar a dor, possibilitando a participação em uma competição mesmo com uma lesão física. Dentre alguns deles estão a heroína e a morfina.

        Agentes anabólicos: utilizados para aumentar o desempenho. Os esteroides endógenos, como a testosterona, são os preferidos devido a dificuldade na detecção de seu uso.

     Diuréticos: têm por finalidades alterar as concentrações de substancias proibidas na urina para “mascarar” sua presença e a redução de peso rápida passageira, possibilitando a colocação do atleta em categoria inferior e assim competir em condições vantajosas sobre os outros.

        Além dessas substâncias, com o desenvolvimento da tecnologia capaz de produzir hormônios sintéticos têm se verificado uso acentuado destes por atletas com a finalidade de dopagem. Entre os proibidos, está a classe dos “Hormônios Pepíticos, Miméticos e Análogos”, que incluem alguns exemplos como: gonadotrofina coriônica (hCG), hormônio luteinizante (LH), hormônio do crescimento (GH) e insulina.

        Por fim, o uso de qualquer recurso com a finalidade do doping contraria os fundamentos da filosofia desportiva como disciplina, dedicação e lealdade e competitividade. Além disso, e principalmente, a dopagem representa um risco para a saúde de quem faz uso dela, pois a probabilidade de efeitos tóxicos é muito grande.

        Com certeza, o controle antidoping é a base para a redução de seu uso no esporte, entretanto, é necessário desenvolver outras ações, como esclarecimentos sobre a utilização excessiva de substâncias químicas para prevenção dessa prática.


Postado por: Letícia Andrade

Referências

YONAMINE, M.; SILVA, O. A. Dopagem no Esporte. In: TIRAPEGUI, J. Nutrição, metabolismo e suplementação na atividade física. São Paulo: Editora Atheneu, 2005, cap. 17, p. 189-197.

AQUINO NETO, F R. O papel do atleta na sociedade e o controle de dopagem no esporte. Rev Bras Med Esporte,  Niterói,  v. 7,  n. 4, ago. 2001.

            

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