segunda-feira, 4 de junho de 2012

Alergia Alimentar




        A alergia alimentar (AA) é denominada qualquer reação anormal à ingestão de alimentos ou aditivos alimentares que envolvam mecanismos imunológicos, resultando em diferentes manifestações clínicas, tais como: urticária, bronco espasmo, manifestações gastrointestinais e anafilaxia (reação alérgica sistêmica).

        A AA é mais comum em crianças. Estima-se que a prevalência seja aproximadamente de 6% em menores de três anos e de 3,5% em adultos e estes valores parecem estar aumentando.

        O tipo de alimento responsável pelas alergias é um fator variável. Dieta, cultura e modo de preparo do alimento são alguns dos fatores que tornam o alimento mais alergênico. Apesar da relevância de diferentes dietas e culturas, estudos vêm demonstrando que um grupo de 8 alimentos é responsável por 80 a 90% das reações alérgicas: leite, ovo, trigo, soja, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar.

        A alergia alimentar por leite de vaca, ovo, trigo e soja desaparecem, geralmente, na infância ao contrário da alergia a amendoim, nozes e frutos do mar que podem ser mais duradouras e algumas vezes por toda a vida.

        Há muitos fatores que dificultam o diagnóstico de alergia alimentar. Os antígenos alimentares podem ser alterados com cozimento ou fervura e podem estar presentes em uma parte do alimento. Pode ainda ocorrer reação não imunológica aos aditivos alimentares que podem confundir o diagnóstico.

        Alergia aos aditivos alimentares são raras (abaixo de 1%). Os aditivos mais implicados em reações alérgicas são os sulfitos que podem causar asma, e o glutamato monossódico e a tartrazina que podem causar urticária.

        Três modalidades são geralmente empregadas no tramento e/ou profilaxia das alergias: eliminar e evitar alérgenos, tratamentos medicamentosos e medidas preventivas. A Sociedade Brasileira de Pediatria reconhece a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e total até dois anos ou mais como forma eficaz de prevenção da alergia alimentar.

         Uma vez estabelecido o diagnóstico definitivo de alergia alimentar, o tratamento consiste na exclusão do(s) alimento(os) responsável(veis) pela reação, o que é de extrema importância. Isso nem sempre é fácil, especialmente se o alimento é encontrado em qualquer lugar e, portanto, difícil de ser evitado.

        Dessa forma, o acompanhamento nutricional, de qualquer pessoa com restrição alimentar é fundamental para avaliação de seu aporte nutricional, fazendo o possível para assegurar que suas necessidades nutricionais sejam atendidas.


Postado por Letícia Andrade e Vivian Giubine

Referências

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOPATOLOGIA. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007. Rev. bras. alerg. imunopatol., v. 31, n. 2,p. 64-89, mar/abr, 2008.

GAZOLA, H. B. Alergia alimentar em crianças. Revista Nutrição em Pauta, ano 16, n. 90, p. 16-20, maio/jun 2008.

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