O ovo é mundialmente
consumido, por se tratar de um alimento completo, de alta qualidade e preço
acessível. Rico em proteínas de alto valor biológico, vitaminas do complexo B,
A, E, K, minerais como ferro, fósforo, selênio e zinco, carotenoides, e também
fonte importante de colina, um importante componente do cérebro.
Apesar dessa rica variedade de nutrientes, o ovo está
sendo relacionado como causa de complicações cardiovasculares, devido à
quantidade de colesterol presentes em sua gema.
O colesterol é um componente dos produtos de origem
animal, fazendo parte da estrutura das membranas celulares e participando da
síntese de hormônios esteróides, do ácido biliar e vitamina D. A maior parte do
colesterol é produzida pelo fígado. O colesterol dietético é aquele
ocasionalmente encontrado nos alimentos de origem animal.
Mudanças realizadas pelo aumento ou diminuição no
colesterol dietético podem promover alterações nos níveis de colesterol do
sangue. Uma dieta habitual com alimentos ricos em colesterol é um determinante
à maior propensão para a aterosclerose e doenças isquêmicas do coração, mas
será que o consumo diário de ovo traz esses prejuízos?
Em um estudo 49 pessoas foram submetidas ao consumo de
dois ovos ou aveia diariamente por seis semanas, com intervalos de quatro
semanas entre o consumo de cada alimento. De acordo com os resultados, a
ingestão do ovo não causou nenhum efeito sobre o colesterol total, porém o
tratamento com a aveia causou uma diminuição nos níveis de colesterol
sanguíneo.
Outro estudo analisou a ingestão de um ovo por dia em
indivíduos com mais de 60 anos durante 5 semanas e os resultados mostraram que
não houve aumento substancial do LDL-colesterol (“colesterol ruim”) e triglicerídeos.
Segundo algumas pesquisas, a gema do ovo não é a
responsável pelo aumento de colesterol no sangue, pois o colesterol
especificamente do ovo pode ser metabolizado de forma benigna pelo corpo
humano. O excesso de colesterol não está relacionado com a ingestão de ovos e
sim com a obesidade e o baixo consumo de fibras.
Portanto, o ovo pode ser consumido sem peso na
consciência, porém fique atento ao tipo de preparação. Evite frituras e prefira
sempre os cozidos! E lembre-se: nada em excesso é benéfico, por isso, não abuse
na quantidade.
Postado por: Luana
Caldarelli
Referências:
NOVELLO, D. et. al. Ovo:
Conceitos, análises e controvérsias na saúde humana. Sociedad Latinoamericana
de Nutricíon, v. 56, n. 4. Paraná, 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário