quinta-feira, 7 de março de 2013

Nutrição no futebol profissional


            
             O futebol é uma modalidade de esporte com exercícios de intensidade variável. Aproximadamente, 88% de uma partida de futebol envolvem atividades aeróbias e 12% representam atividades anaeróbias de alta intensidade.
            Durante um jogo, os jogadores percorrem aproximadamente 11 km, sendo que a média da distância coberta no primeiro tempo é maior que a do segundo tempo.
            São atletas que treinam em intensidade moderada a alta, tendo necessidades energéticas diárias em torno de 3.150 a 4.300kcal, porém esse cálculo depende da quantidade e da qualidade do treinamento, assim como aspectos individuais.
            Durante o jogo de futebol, existe relação direta entre as concentrações iniciais do glicogênio muscular, as distâncias percorridas e os níveis de esforços dos jogadores durante o segundo tempo da partida. Isso pode influenciar no desempenho em campo, pois, na sua ausência do glicogênio muscular, a energia passa a ser fornecida pela gordura, em processo totalmente aeróbio. Sendo assim, em eficiência (rapidez) geralmente cai 50% do normal.
            A ingestão de carboidratos quatro horas antes do início do exercício resulta em aumento no desempenho físico. Quando consumido dez minutos antes do início de um jogo, ele diminui a utilização de glicogênio muscular, aumenta a velocidade de corrida e a distância percorrida na segunda metade da partida.
            A reposição de glicogênio ocorre mais rápido quando a ingestão de carboidrato se dá imediatamente após o término do exercício, e se a ingestão ocorre duas horas depois, a taxa de reposição já não é tão rápida.
            A hidratação antes do início do exercício e durante parece melhorar o desempenho; sendo que os líquidos que contêm carboidrato são mais eficientes. Os jogadores de futebol podem perder até três litros ou mais de suor durante um jogo em dia quente, por isso, a reposição de líquidos é de extrema importância, caso contrário o desempenho será reduzido.
             Em dias de calor, a oferta de líquidos é mais importante que a disponibilidade de carboidrato; já no frio, a ingestão de uma solução de carboidrato a 7% é mais eficiente em melhorar o desempenho. Apesar disso, a ingestão de líquidos durante o exercício deve ser controlada devido ao tempo de esvaziamento gástrico, pois o atleta pode sentir náuseas e mal estar.
            As necessidades protéicas de um atleta são maiores do que as de um indivíduo sedentário por causa da recuperação das lesões musculares causadas pelo exercício.  
            Juntamente com o carboidrato, a gordura é a principal fonte de energia durante o exercício, porém sem exageros! Por outro lado, redução muito intensa no consumo desse nutriente não é aconselhável, já que estes participam da produção de energia, do transporte de vitaminas lipossolúveis e são componentes essenciais das membranas celulares.

Postado por: Luana Caldarelli

Referência:
GUERRA, I.; SOARES, E. A.; BURINI, R. C. Aspectos nutricionais do futebol de competição. Rev. Bras. Med. Esporte, Rio de Janeiro, v. 7, n. 6, 2001.

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