Radicais livres são moléculas produzidas pelo nosso
próprio organismo através de alguns processos metabólicos, que podem causar lesão
tecidual, mutação, carcinogênese, comprometimento do sistema imunológico,
doenças e morte celular.
Os antioxidantes são agentes responsáveis pela inibição e
redução dessas lesões. Essas substâncias, mesmo presente em baixas concentrações,
são capazes de atrasar ou inibir as taxas de oxidação. Os carotenóides,
juntamente com as vitaminas, são as substâncias mais estudadas como agentes
quimiopreventitivos, funcionando como antioxidantes em sistema biológico.
O licopeno é um tipo de carotenoide que aparece
atualmente como um dos mais potentes antioxidantes, sendo sugerido para a
prevenção de câncer e doenças cardiovasculares por proteger moléculas; é tido
como o carotenóide que tem a maior capacidade sequestrante do radical livre.
O carotenóide é predominante no plasma e nos tecidos humanos,
sendo encontrado em um número limitado de alimentos de cor vermelha, como
tomates e seus derivados. As cores das espécies de tomates diferem do amarelo
ao vermelho alaranjado, dependendo da razão licopeno/beta caroteno da fruta, o
qual também está associado à presença de enzimas que participam da transformação
do licopeno em beta-caroteno.
Em relação à biodisponibilidade, verificou-se que a
ingestão de molho de tomate aumenta as concentrações de licopeno em taxas
maiores do que a ingestão de tomates crus ou suco de tomate fresco. O consumo
de molho de tomate cozido em óleo resultou em um aumento de 2 a 3 vezes da concentração
sérica de licopeno um dia após seu consumo, mas nenhuma alteração ocorreu
quando se administrou suco de tomate fresco.
A ingestão de alimentos ricos em licopeno, bem como sua
maior concentração no sangue, foi associada a um menor risco de câncer,
principalmente de próstata. O licopeno é encontrado na próstata humana, sugerindo
a possibilidade biológica de um efeito direto deste carotenóide na função da
próstata e na da formação de outros cânceres.
Postado por: Luana
Caldarelli
Referência:
COSTA, P. R. F.; MONTEIRO,
A. R. G. Benefícios dos antioxidantes na alimentação. Revista de Saúde e
Pesquisa, v. 2, n. 1, 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário