sábado, 27 de abril de 2013

Dismorfia Muscular



Dismorfia é um termo usado para diferenciar aquilo que a pessoa acredita ser e o que realmente é, ou seja, a dismorfia corporal é um transtorno psicológico onde a pessoa acredita ter defeitos físicos que não possui ou então, possui em um nível mínimo, mas acredita ser acentuado. São pensamentos que chegam a ser delirantes, no qual o individuo tem rituais obsessivos como se olhar no espelho buscando defeitos.

Ocorre em ambos os sexos e começa geralmente no fim da adolescência e inicio da fase adulta, não sendo incomum o diagnostico tardio. Os transtornos relacionados com o corpo estão se tornando epidêmicos, já que todos buscam uma imagem perfeita. Porém essa preocupação com a aparência de forma acentuada não quer dizer que a pessoa sofra de algum transtorno, mas as possibilidades de que esses e outros apareçam é mais significativo.

A busca por um corpo esteticamente perfeito e a falta de uma cultura corporal saudável tem levado a população a usar substâncias que possam potencializar, no menor espaço de tempo possível, os seus objetivos.

Buscando uma melhor performance, atletas e desportistas em geral recorrem ao uso de recursos ergogênicos. Estes podem ser nutricionais, físicos, mecânicos, psicológicos, fisiológicos ou farmacológicos. São tratamentos ou substâncias elaborados para aumentar o desempenho desportivo ou aprimorar a capacidade de realizar um trabalho físico.

A Distrofia Muscular (DISMUS), por outro lado, é um transtorno presente quase exclusivamente em homens e que consiste em uma preocupação específica com o volume corporal e com o desenvolvimento dos músculos. O indivíduo portador de DISMUS apresenta distorção da auto-imagem corporal, percebendo seus músculos como muito pouco desenvolvidos, apesar da visível hipertrofia muscular, e procura ativamente aumentar sua massa muscular, através de exercícios excessivos e do uso de substâncias ergogênicas e de dietas hiperprotéicas.
Os indivíduos que apresentam distúrbios de auto-imagem, notadamente adolescentes e adultos jovens do sexo masculino, apresentam maior prevalência no uso de esteróides anabólicos. Em adendo, sabe-se que esse uso é frequentemente acompanhado por efeitos clínicos importantes, incluindo manifestações de natureza psiquiátrica, como depressão, ideação suicida, mania e psicose.

A DISMUS, ao contrário do que ocorre em outras condições, como a anorexia, por exemplo, é um transtorno que frequentemente não é percebido pelos profissionais de saúde, em função da aparência fisicamente saudável dos indivíduos acometidos. Essa característica torna ainda mais necessária uma orientação específica aos profissionais da área de exercício a fim de identificá-la. Assim, é muito importante que, uma vez identificados os seus sinais, os indivíduos possam, se for o caso, ser encaminhados para atendimento especializado, contribuindo, dessa maneira, para sua saúde e bem-estar.

Para o tratamento tem sido bastante utilizada a psicoterapia, principalmente a comportamental e cognitiva, porém é difícil que o paciente busque ajuda já que não aceita ser portador desse diagnostico. Além do tratamento psicoterápico, muitas vezes o medicamento também é necessário para ajudar o paciente a modificar comportamentos e pensamentos obsessivos, ajudando na recuperação da sua auto-estima e em seus relacionamentos.



Publicado por: Thais C. S. Silva

Referências

Sardinha, A., et al. Dismorfia muscular: análise comparativa entre um critério antropométrico e um instrumento psicológico., Rev Bras Med Esporte v.14 n.4 Niterói jul./ago. 2008

Lima, LD et al. Dismorfia muscular e o uso de suplementos ergogênicos em desportistas., Rev Bras Med Esporte vol.16 no.6 Niterói nov./dez. 2010

InfoEscola. Disponível em: http://www.infoescola.com/psicologia/dismorfia-corporal/. Acesso em 27/04/2013.

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