terça-feira, 21 de maio de 2013

Ansiedade X Depressão


A tensão constante causa alterações no humor e, acredite, no peso. "A ansiedade nas alturas contribui para a produção de cortisol, um hormônio associado ao acúmulo de gordura no abdômen". Uma maneira consagrada de apagar o pavio desse estresse é fazer exercícios. Mas não é a única.
"Há estudos que apontam a relação entre certos nutrientes com uma menor agitação". Um desses trabalhos foi publicado recentemente pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos. Nele, os jovens que receberam suplementação de ômega-3 apresentaram uma redução de 20% nos níveis de ansiedade quando comparados a quem consumiu cápsulas inócuas. "A dieta exerce um papel importante no controle dos ânimos."  "Mas nenhum alimento é mágico." O tratamento é multidisciplinar". 


Nutrientes que deixam tanto o cardápio quanto a sua mente mais equilibrados.

Ômega 3

Para os pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio, a suplementação com essa gordura benéfica brecaria a ansiedade ao reduzir a concentração de citocinas, substâncias consideradas pró-inflamatórias. "Os ômegas 3 e 6 facilitam a atuação de neurotransmissores como a serotonina, que cria a sensação de bem-estar". 
Fontes: linhaça, óleos vegetais, azeite de oliva e peixes de água fria, como atum, sardinha e salmão.

Em julho de 2011, a Organização Mundial da Saúde divulgou uma triste notícia: estão crescendo os casos de ansiedade e depressão em todo o mundo. Para piorar, nosso país foi apontado como o campeão na incidência do distúrbio — 10,8% dos brasileiros são considerados depressivos graves. Uma das razões para esse quadro alarmante é o ritmo de vida que levamos. "Sedentarismo, cobranças maiores no ambiente de trabalho e má alimentação são fatores que influenciam no aparecimento de transtornos psiquiátricos".
Para combater os males da mente, os médicos costumam receitar remédios que barram a ansiedade e ajudam a tratar certos tipos de depressão. O perigo é o exagero na hora de recomendar esse tipo de tratamento. "A população está mais estressada, mas isso não significa que haja necessidade de prescrever mais remédios" "Só que o próprio paciente costuma pedir o remédio como solução para todos os problemas"

Como alternativa para esse uso excessivo, que pode causar sérios efeitos colaterais e até dependência, alguns apontam para os fitoterápicos, que são feitos com plantas e agem de forma semelhante às drogas sintéticas.
No entanto, vale esclarecer uma confusão corriqueira. "Os fitoterápicos, como todo medicamento, passam por uma série de pesquisas para comprovar sua eficácia. Já as plantas medicinais podem ser usadas de outras maneiras, no preparo de chás"
Se as crises não são graves, os chás podem ser uma aposta certeira. "Os princípios ativos estão presentes de maneira mais branda, o que reduz a probabilidade de complicações”.
E, mesmo sendo de origem natural, os fitoterápicos devem ser consumidos com cautela. Um dos principais perigos é a interação medicamentosa, que pode anular ou até potencializar drogas que estejam sendo tomadas paralelamente. "As plantas possuem milhares de substâncias químicas capazes de reagir de maneira indesejada com medicamentos alopáticos comuns. Não caia no engano de pensar que as plantas são inofensivas. A orientação médica é indispensável. Sempre.

Florais
Apesar de as gotinhas à base de flores fazerem sucesso há muitos anos, seu desempenho positivo ainda não foi comprovado de vez pela ciência. Tanto é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, não regulamenta o comércio dos florais. "O que acontece muitas vezes é o efeito da sugestão, ou seja, a pessoa toma o floral confiando em seus resultados. Esse processo, também conhecido como placebo, é responsável por cerca de 30% da eficácia até dos medicamentos tradicionais”


Postado por: Karina Souza e Jéssica Bueno

Disponível em:
Revista de Saúde Abril



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