sexta-feira, 17 de maio de 2013

ESCOLHAS CORRETAS NA HORA DE ALIMENTAR-SE PREVINEM O CÂNCER




        Pesquisas mostram que o modo de preparo ou as substâncias que estão nos alimentos ingeridos diariamente podem trazer benefícios ou riscos à saúde.  Alguns alimentos têm sido associados ao processo de desenvolvimento de câncer e outros à possibilidade de evitar a doença. De acordo com estudo do Ministério da Saúde, o padrão alimentar no país mudou para pior e os tipos de cânceres que se relacionam aos hábitos alimentares aparecem entre as seis primeiras causas de mortalidade da doença.

ALIMENTAÇÃO INADEQUADA
     O câncer se inicia a partir do processo de multiplicação desordenada das células, onde as células saudáveis se transformam em células precursoras de câncer. Estimular esse processo de multiplicação celular não é interessante. A obesidade também desregula o equilíbrio hormonal e favorece a multiplicação de células, passando a ser fator de risco para vários tipos de câncer, como rim, vesícula biliar, pâncreas, endométrio, mama, esôfago e colo retal.  

      Em relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença. Apesar de haver um aumento no consumo de frutas e verduras, o brasileiro continua comendo muita carne gordurosa.

      Além disso, estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras e com altos teores de gorduras e altos níveis calóricos está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon e de reto.

   
     Os principais vilões da alimentação são os embutidos e os enlatados. Os nitritos e nitratos usados para conservar esses alimentos são agentes cancerígenos e quando consumidos regularmente podem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa precisa para crescer, se multiplicar e se disseminar. Bebidas açucaradas artificialmente ou sucos muito adoçados também são prejudiciais à saúde.


ALIMENTAÇÃO ADEQUADA

      Para evitar o aparecimento desta doença que têm tido grande prevalência nos últimos anos, é necessário seguir algumas orientações nutricionais.

    É preciso valorizar os elementos de origem vegetal, diminuir elementos de origem animal e tentar reduzir ao máximo a presença de alimentos industrializados. As frutas, verduras, legumes e cereais contêm nutrientes como vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do organismo e destroem os carcinógenos antes que eles causem sérios danos às células. Esses alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais do processo de carcinogênese e, por isso, devem ser consumidos frequentemente.


   Uma alimentação farta desses itens ajuda a diminuir o risco de câncer de pulmão, cólon, reto, estômago, boca, faringe, esôfago, mama, bexiga, laringe, pâncreas, ovário, endométrio, colo do útero, tireóide, fígado, próstata e rim. Para os nutricionistas, não existe uma dieta única indicada para prevenir o câncer. Pelo menos metade do prato deve ser preenchido por legumes e verduras nas principais refeições, e a outra metade deve ter arroz feijão e um tipo de carne, frango, ou peixe, preferencialmente.


    As fibras também são grandes aliadas nesse combate. Sem a ingestão de fibras, o ritmo intestinal desacelera, favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal. As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino.

   A dieta ortomolecular (aliada no tratamento do câncer de mama), evita a proliferação de tumores na doença já instalada e controla o aparecimento de casos em familiares geneticamente predispostos. Para isso, o consumo de alimentos funcionais é o mais indicado, sendo aqueles que apresentam em sua composição 
substâncias biologicamente ativas, que funcionam como remédios, como a soja, 
a linhaça, os peixes, e a cúrcuma. 

   A soja possui tocoferóis, fitosteróis e fosfolipídios. Na soja, encontra-se em abundância a isoflavona, fitoestrógenos, que tem ação estrogênica e antiestrogênica, e também atua junto aos hormônios femininos, diminuindo a circulação destes e reduzindo seus efeitos deletérios, o que contribui para a prevenção da doença. A linhaça é rica em lignana, que possui efeito protetor contra o câncer de mama. Trata-se de um fitosteróide que simula a ação do estrogênio e tem ação negativa em relação ao tecido mamário, ou seja, a lignana neutraliza o efeito do estrogênio na mama, além de impedir a angiogênese, isto é, o aparecimento de novos vasos sanguíneos, o que evita a proliferação de tumores alimentados por sangue.


    Os peixes de água salgada são ricos em ômega 3, que protege a mama de tumores. Também atua como antiinflamatório e evita a degeneração celular. Sabe-se que muitos dos tumores de mama na sua fase inicial são estrogênios dependentes e a inibição de inflamação impede a produção de estrogênio.

Portanto, alimente-se adequadamente. É questão de saúde!


Postador por: Dayane Oliveira Fiuza

Referência:
Alimentos x Câncer: Saiba identificar o mocinho e o vilão. Revista Insumos. Ed. n 97. Abr 2013.




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