A tríade da
mulher atleta é uma síndrome que acomete principalmente mulheres jovens. É
caracterizada por baixa disponibilidade de energia, amenorreia hipotalâmica
funcional e osteoporose. Isso ocorre geralmente em decorrência da baixa
ingestão de alimentos que muitas mulheres atletas apresentam por se preocuparem
excessivamente com fins estéticos e com melhor desempenho. A ingestão
insuficiente intencional ou não, pode alterar a atividade dos eixos
hipotálamo-hipófise, pode afetar a produção de hormônios envolvidos na função
menstrual e também no metabolismo ósseo.
A incidência dos três
componentes juntos é de 16%, porém as estimativas de um ou dois componentes do
distúrbio é de 50% a 60% entre certos grupos de atletas. Estudos identificam
que há maior incidência em atletas adolescentes que praticam exercício de
resistência como a corrida. Isto é alarmante, pois as adolescentes necessitam
de uma alimentação adequada com aporte energético suficiente para favorecer a
função hormonal normal e para otimizar a mineralização óssea que é tão
importante neste período crítico de desenvolvimento.
As consequências
adicionais da tríade podem ser disfunção endotelial que contribui para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, fraturas por estresse e lesões
musculares.
Muitas mulheres acreditam
que a presença de amenorreia é normal em atletas, mas não compreendem o quanto
isto pode afetar a saúde dos ossos e por isso não procuram ajuda médica
agravando assim, ainda mais o quadro. Portanto, mulheres atletas de todas as
idades devem ser avaliadas anualmente a fim de se detectar e tratar os
componentes da tríade. Mais pesquisas são necessárias para se avaliar os
indicadores de longo prazo e identificar estratégias eficazes de tratamento
comportamental.
Postado por: Karina Souza e Jéssica Bueno
Referências: Revista RG Nutri - Identidade em nutrição
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