O crescimento do músculo esquelético
em organismos jovens e a manutenção da massa muscular em adultos, requerem um
suprimento de insulina e uma quantidade adequada de atividade contrátil. A
perda de massa muscular é uma característica do estado diabético e do jejum ou consequência
de inatividade física prolongada.O desenvolvimento ou a atrofia do músculo
esquelético dependem do balanço entre a taxa de síntese e a taxa de degradação
das proteínas intracelulares (Kimball, Vary & Jefferson, 1994).
A
principal contribuição das proteínas da dieta consiste em fornecer aminoácidos
para vários processos anabólicos. A proteína representa cerca de 12 a 15 % da
massa corporal. O conteúdo protéico do músculo esquelético que é
aproximadamente 65% da proteína total do organismo, pode ser drasticamente
aumentado com a aplicação de exercícios.
As ações da insulina sobre o metabolismo
das proteínas e dos aminoácidos são orientadas no sentido do anabolismo. A
insulina, após interação com o receptor de membrana, estimula os
transportadores de glicose (GLUT-4), facilitando a entrada do carboidrato para
a célula, e exerce ação anabólica sobre o metabolismo protéico através dos
seguintes mecanismos: estimulando o transporte de aminoácidos para dentro da
célula; aumentando, ao nível ribossômico, a eficiência do processo de tradução,
atuando na etapa de iniciação da síntese proteica (O'Brien & Granner,
1991).
A atividade contrátil, por outro lado,
parece ser determinante fundamental da massa muscular e pode preceder os sinais
endócrinos para a depleção de proteínas no músculo. Além disso, os músculos
mantidos inativos são mais sensíveis aos sinais catabólicos dos hormônios
contraregulatórios (Goldberg, 1979; Wasserman & Vranic, 1986). O aumento do
trabalho muscular é capaz de elicitar várias reações bioquímicas que são
essenciais para hipertrofia do músculo. A captação de aminoácidos pelo músculo
esquelético é um evento precoce para iniciar a hipertrofia (Carson, 1997).
Estudos com músculos isolados mostram que a taxa de transporte de aminoácidos
está diretamente ligada à atividade contrátil (Carson, 1997; Goldberg, 1979). O
treinamento físico tem a capacidade de reverter as alterações nas proteínas
mitocondriais musculares provocadas pelos estados de deficiência de insulina
(Midaoui,Tancrede & Nadeau, 1996).
Postado por: Thais C. S. Silva
Referências:
MELLO, L et al.
ATIVIDADE FÍSICA E METABOLISMO DE PROTEÍNAS EM MÚSCULO DE RATOS DIABÉTICOS
EXPERIMENTAIS. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 12(2): 202-09, jul./dez. 1998
Revista eletrônica
Ativo.com. Disponível em: http://www.ativo.com/Canais/Pages/Pape
ldasprote%C3%ADnasnasatividadesf%C3%ADsicas.aspx. Acesso em 03/06/13
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