sexta-feira, 14 de junho de 2013

Carne Vermelha versus Carne Branca


São muitas as contestações a respeito da ingestão de carne vermelha na alimentação humana, com restrições principalmente voltadas ao seu conteúdo de gordura saturada e colesterol. Dessa forma, o consumo de carnes brancas, como frango e peixe, acaba sendo incentivado como substituinte.
No entanto, a carne vermelha é um alimento com grandes quantidades e variedades de nutrientes, sendo riquíssima em substâncias fundamentais para o crescimento e desenvolvimento. É o alimento que contém a maior quantidade de ferro, sendo por isso muito importante na prevenção de anemia, principalmente nos grupos de risco, que incluem crianças, gestantes e idosos em geral. Além disso, é fundamental na formação do sangue e de algumas enzimas do sistema respiratório. Ainda, este alimento é rico em proteínas de alto valor biológico, essenciais para o crescimento de músculos, órgãos e tecidos em geral. O zinco, também encontrado em boa quantidade na carne de gado, é componente importantíssimo de muitas reações enzimáticas e participa do crescimento e funcionamento do sistema imunológico.
Com relação aos possíveis malefícios da carne vermelha, estes são instalados quando a ingestão é excessiva e predominantemente realizada com cortes mais gordos, que são ricos em gorduras saturadas e colesterol. Porém, se o consumo for moderado e principalmente em equilíbrio com demais tipos de alimentos, não influenciará para uma vida saudável. A ingestão deve ser feita preferencialmente com cortes mais magros (filé mignon, lagarto, patinho, etc.), deixando a picanha e carnes mais gordurosas para ocasiões esporádicas.
As carnes brancas apresentam basicamente os mesmos nutrientes da carne vermelha: proteínas de alto valor biológico, ferro, zinco, porém apresentam normalmente menores quantidades de gordura saturada e colesterol, e a digestibilidade também pode ser melhor para algumas pessoas. Além disso, o teor de ferro nas carnes brancas é inferior a carne vermelha. Os peixes, especificamente, são excelentes fontes de ácidos graxos insaturados, que apresentam importantes benefícios à saúde. 
A carne suína apresenta composição nutricional bem similar à carne vermelha, porém o teor de lipídeos é bem superior, exceto no lombo, que é a parte mais magra do porco, sendo compatível com a composição lipídica do frango. O consumo de carne suína deve ser feito com moderação e alternando os demais tipos de carne (carne bovina, frango e peixe).
Dentro de uma dieta balanceada, deve-se priorizar as proteínas de alto valor biológico das carnes nas principais refeições, tendo sempre um cuidado especial com os exageros, com o excesso de gordura dos diferentes cortes e escolhendo preparações mais saudáveis, como as formas grelhadas, assadas ou cozidas.

 Postado por Karina Souza e Jéssica Bueno
Referência:
RG Nutri – Identidade em Nutrição
Disponível em:


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