"A função
dessa proteína de origem animal é dar firmeza à pele, às cartilagens e, em
geral, às estruturas do nosso corpo que não precisam da sustentação dos ossos,
mas, sim, de um suporte”.
A ingestão de determinadas fontes para a produção de
colágeno, caso das carnes vermelhas e brancas, são válidas até certo ponto.
Segundo ele, o processo pode ser comparado ao de uma fábrica: cada pedacinho
dessa matéria-prima ingerida à mesa é degradado no processo digestivo para
então formar os aminoácidos, uma fração mais sintetizada da proteína.
"Nessa indústria, eles seriam os tijolinhos que formam a estrutura da qual
precisamos naquele momento”.
Para esclarecer, as carnes consumidas estimulam a produção de colágeno, mas não
cumprem necessariamente o papel de formá-lo. Se o corpo não precisa dessa
proteína, os aminoácidos se encarregam de resolver outro problema com o que foi
absorvido. "O leigo acha que tudo o que comemos fica daquele jeito depois
de ingerido. Leite, ovos e até suplementos de colágeno são recebidos da mesma
forma. O fígado recombina isso para o que precisar",
A rigor, a carência de colágeno pode ocorrer em doenças muito graves. Apesar
disso, fatores comuns, como a ausência de carnes no prato, podem ser limitantes
na produção dessa proteína. "É o caso de vegetarianos que não fazem boas
combinações, como macarrão e lentilha, arroz e feijão”.
Vale lembrar que, a partir dos 30 anos de idade, há uma queda gradual no
processo de produção de colágeno. "Ele vai sendo substituído por outro
tecido, menos elástico e mais fibroso. Daí, percebemos a flacidez, as rugas, a
perda dos cabelos e as unhas fracas”.
As articulações também podem sofrer as consequências da falta de colágeno.
"A cartilagem articular, presente entre as nossas articulações, também
pode apresentar problemas em seu funcionamento".
No caso dos suplementos, o ideal é que a versão em pó seja utilizada, já que as
cápsulas não comportam a quantidade de colágeno recomendada por dia, isto
é, 10 gramas. "A indicação deve ser feita por um profissional habilitado,
de acordo com a necessidade da pessoa assistida". Quanto à famosa
referência à gelatina, "ela possui cerca de 1% de proteína, que, no caso,
é o colágeno. Essa quantidade é muito baixa e está longe de ser a melhor
opção".
Postado
por: Karina Souza
Referência:
Revista
Saúde Abril
Disponível
em:
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