Sem os níveis
adequados de vitaminas e minerais percorrendo o organismo, a saúde fica frágil.
Por isso, a ideia de ingerir apenas uma cápsula por dia para garantir as
quantidades mínimas recomendadas de vários micronutrientes é tão tentadora. Tem
a vitamina C da laranja, o selênio da castanha, o cálcio do leite, o ferro da
carne... Tudo ali, concentrado. Mas será que o hábito traz benefícios?
Na conclusão,
apontaram que aqueles que consumiam suplementos tiveram uma redução de 8% no
risco de desenvolver qualquer tipo de câncer.
Para
o nutricionista do Instituto Nacional de Câncer, o Inca, apesar dos resultados
positivos, é preciso manter o pé atrás. “Até agora, a literatura científica nos
mostra que suplementos não têm efeito protetor contra tumores. Logo, não
devemos fazer recomendações baseados exclusivamente em um trabalho”, justifica.
Outro
problema apontado pelo nutricionista é que as cápsulas são recheadas de
vitaminas e minerais de ação antioxidante, responsáveis por combater os radicais
livres e proteger as células, ou seja, eles alteram o material genético e
desregulam o ciclo celular, patrocinando o início do câncer”, descreve. Não à
toa, muitas pesquisas com suplementos de nutrientes isolados.
Agora,
isso não é motivo para alarme. “Nos multivitamínicos, os nutrientes aparecem em
doses menores ou iguais àquelas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde”.
Seja
como for, para não existir o mínimo risco de superdosagem, deve-se consultar um
especialista. “Isso porque é preciso avaliar o consumo alimentar e outros
parâmetros bioquímicos antes de recorrer aos multivitamínicos”. Afinal, se você
consegue colocar no menu diário as cinco porções de vegetais — como frutas e
verduras — preconizadas por órgãos de saúde, provavelmente nem precisa dos tais
comprimidos.
“Segundo a última Pesquisa de Orçamento
Familiar, há grande carência de vitaminas e minerais entre a população
brasileira”. Resultado: maior perigo de infartar, desenvolver diabete, ter
Alzheimer e por aí vai. Então, em casos de dieta desbalanceada, talvez os
multivitamínicos sejam, sim, grandes aliados. Mas isso só um especialista é
capaz de dizer.
A importância de procurar um médico ou nutricionista para analisar seu estado
nutricional vai além de decidir pelo uso ou não do polivitamínico. É possível
que o profissional perceba, por exemplo, que só sua ingestão de vitamina A está
abaixo do indicado. Daí deve-se repor somente o que falta. “O errado é utilizar
altas dosagens antes de realizar exames”.
Postado por Karina Souza
Referência:
Disponível em:
Revista Saúde Abril
Nenhum comentário:
Postar um comentário