Estudos têm demonstrado que 90 a 100%
das pessoas têm ou terão crises de dor de cabeça – cefaléia - ao longo da vida.
Essa pode ser primária ou secundária. A primária se caracteriza quando a dor é,
por si só, a manifestação principal da doença, como é o caso da enxaqueca. A
secundária acontece quando ela é o sintoma de alguma doença. Há dois tipos
principais de enxaqueca: a enxaqueca clássica (com aura) e a enxaqueca comum (sem
aura). Nos dois tipos de enxaqueca, as dores de cabeça são normalmente em uma
metade da cabeça, mas podem ocorrer ocasionalmente nos dois lados.
O ataque de enxaqueca se divide
em quatro fases: o estado prodrômico, a aura, a dor de cabeça e a recuperação.
Nos pródromos os sintomas são indefinidos e podem durar de 1 a 2 horas ou até
24 horas. A aura dura de 10 a 60 minutos e pode haver alterações visuais como
ver estrelas brilhantes, faíscas, lampejos ou padrões geométricos simples que atravessam
o campo visual. Sintomas sensoriais incluem formigamentos e comichões, que normalmente
ocorrem em uma das mãos ou braços, ou ao redor da boca. Após 10 a 60 minutos
esses sintomas remitem e são seguidos de dor de cabeça, náusea e vômitos.
CAUSAS
Não se sabe a verdadeira e
principal causa desencadeante da enxaqueca. Consideram-se responsáveis pela
crise, o estresse, a ansiedade, a fadiga, as emoções, as tensões, as alterações
climáticas, a iluminação inadequada, a inalação de poluentes, as oscilações
hormonais, a mudança nos hábitos alimentares e o excesso de bebida.
Normalmente, quanto mais fatores podem desencadear a crise de enxaqueca, maior
a predisposição do indivíduo e, portanto, mais grave é o estágio da doença.
Estudos demonstram outros fatores
que podem desencadear a enxaqueca:
• Serotonina: pesquisas mostram
que a quantidade de serotonina na urina de um doente aumenta freqüentemente
durante uma crise de enxaqueca e o seu nível no sangue diminuí. Essas e outras
observações levaram à formulação da teoria de que as cefaléias poderiam estar
associadas a uma diminuição da quantidade de serotonina que chega ao cérebro.
• Enxaqueca menstrual: o porquê
dela consiste na diminuição do nível de estrogênio que se registra antes do
fluxo menstrual que impede a libertação das endorfinas (função analgésica) e
favorece a produção de prostaglandina, substância envolvida na manifestação da
dor. Em contrapartida, a dor desaparece quando os hormônios estabilizam.
• Hipótese do Magnésio: estudos
demonstram que a falta desse mineral ao nível do cérebro pode contribuir para
aumentar o limiar de excitabilidade dos estímulos e explicar a vasoconstrição que precede a vasodilatação dolorosa.
Com base nesses dados, estão sendo feitas algumas investigações dirigidas ao estudo
de uma terapêutica à base de magnésio para diminuição das crises.
• Melatonina: ela age como um
transdutor neuroendócrino, transformando as informações externas referentes ao
ciclo noite-dia em sinais bioquímicos que modulam a organização tempo-dependente
de funções autonômicas, neuroendócrinas e comportamentais (Arendt, 2003). Seus
efeitos são potencializar o GABA (neurotransmissor inibitório do SNC), inibir o
glutamato (neurotransmissor
excitatório), varrer óxido nítrico, modular ação da serotonina, dopamina e
analgesia opióide e agir como antiinflamatório. Recentemente, foi demonstrado
que a melatonina 3mg foi eficaz na prevenção da enxaqueca (PERES, 2007).
FATORES NUTRICIONAIS DESENCADEANTES DA ENXAQUECA
Os alimentos capazes de
desencadear a enxaqueca possuem em sua
composição substâncias capazes de provocar alterações no calibre dos vasos
sanguíneos do encéfalo. São eles: doces, açúcar, álcool, adoçantes, glutamato
monossódico, nitritos, cafeína, tiamina.
DICAS ALIMENTARES PARA EVITAR EPISÓDIOS DE ENXAQUECA
• Consuma alimentos que
contenham selênio como a castanha de
caju;
• Fracione a dieta;
• Evite o consumo excessivo de
álcool;
• Consumo magnésio presente em
folhas verdes escuras, soja, leguminosas, castanhas, cereais como aveia, arroz integral,
pães integrais, carnes, peixes (salmão) e ovos;
• Consuma alimentos que contenham
vitamina B2, como carnes magras, iogurtes, leite, ovos, vegetais verdes, queijos.
Postado por: Thais C. S. Silva
Referência:
Enxaqueca: A Alimentação Pode
Ajudar? Disponível em:
Acesso em 22 de junho de 2013.
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