Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério
da Saúde, bebidas energéticas são identificadas como compostos líquidos prontos
para o consumo, sendo estas constituídas de carboidratos, taurina, cafeína,
glucoronolactona, inositol e vitaminas do complexo B.
O interesse pela taurina (Tau), iniciou-se em meados de
1960, após a constatação de sua presença em diversos tecidos corporais. As
primeiras publicações sobre essa substância datam da década de 60, com grande
aumento do número de trabalhos a partir da década de 70, os quais, em sua
maioria, evidenciavam as possíveis aplicações clínicas e o envolvimento da Tau na
prevenção da degeneração da retina, epilepsia e ataxias.
A Tau ou ácido beta-aminossulfônico é um composto final do metabolismo
dos aminoácidos sulfurados (metionina e cisteína) que se encontra conjugada com
ácidos biliares de sódio e potássio, resultando na formação do ácido
taurocólico, um dos ácidos da bile alcalina, essencial para absorção das
gorduras. Está presente em altas concentrações em algas e no reino animal. A
síntese de Tau ocorre a partir dos aminoácidos metionina e cisteína, através de
uma sequência de reações enzimáticas de oxidação e transulfuração que requerem
a participação da vitamina B6 como cofator. Portanto, sem dúvida que menor
ingestão desses aminoácidos pode acarretar aumento das necessidades de Tau. As
necessidades dos aminoácidos sulfurados em adultos correspondem a 17mg/g de
proteína ingerida. A maior concentração de Tau ocorre naturalmente em frutos do
mar (8.270mg/kg para crustáceos, 5.200mg/kg para moluscos e 6.550mg/kg para
mexilhões), pescada (1.720mg/kg), carne escura de aves (2.000mg/kg para frango
e 3.000mg/kg para peru). A ingestão diária de Tau exerce papel importante na
manutenção do pool desse aminoácido no organismo, uma vez que, nos mamíferos, a
habilidade de sintetizá-la é limitada.
Como é vendido
Disponível em cápsulas, líquido e em pó, geralmente associada a outros
princípios ativos como a creatina.
Uso para prática de atividade física
Pode
ajudar a retardar a fadiga por aumentar o metabolismo, favorecendo ao uso de
gorduras como energia.
Há
indícios de que protege a musculatura do uso de proteínas como fonte de energia
e especula-se que ela auxilia na remoção de substâncias tóxicas produzidas
pelas células durante o exercícios e que se não eliminadas rapidamente causam
fadiga e dor muscular. Por esses efeitos, ela contribui para a recuperação
muscular em treinamentos com altas cargas.
Contraindicações e efeitos
colaterais
Não há
efeitos colaterais relatados nas doses recomendadas. Anvisa permite o uso
de taurina como alimento para atletas, sendo assim, não é recomendada para os
que se exercitam por lazer ou estética, pois para estes casos, geralmente uma
dieta balanceada é o suficiente. Este produto não substitui uma
alimentação equilibrada e seu consumo deve ser orientado por nutricionista ou
médico e crianças, gestantes e idosos,
consumir preferencialmente sob orientação de nutricionista e
ou médico.
Altas
doses de aminoácidos podem gerar sobrecarga no funcionamento do fígado e dos
rins. Pessoas com problemas nestes órgãos devem obter liberação médica para seu
uso.
Postado por: Gabriela Downey e Silvia Carvalho
Referência:
AGNOL, Tatyana Dall'; SOUZA, Paulo Fernando Araújo de. Efeitos fisiológicos agudos da taurina contida em uma bebida energética em indivíduos fisicamente ativos. Rev Bras Med Esporte, Niterói , v. 15, n. 2, Apr. 2009 . Available from . access on 16 Aug. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000200008
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