terça-feira, 22 de abril de 2014

Intolerância e Alergia ao Leite de Vaca!!


O que é alergia à proteína do leite?

Para começar devemos esclarecer que não existe alergia à lactose. Diversas proteínas podem ocorrer alergias incluindo a do leite, entretanto a proteína do leite é a que causa maiores problemas. 
O que ocorre na alergia é a produção de grandes quantidades de imunoglobulinas contra os sítios alergênicos, neste caso é muito difícil mudar os sítios ativos da proteína. A melhor forma é eliminando da alimentação a proteína que contenha os sítios alergênicos ativos.
 A alergia verdadeira é uma reação envolvendo o sistema imunológico do corpo, com formação de anticorpos nas células brancas do sangue. O sistema imunológico combate os invasores estranhos ao corpo usando os anticorpos. Quando esses invasores são bactérias e vírus perigosos, a resposta imunológica é necessária e desejável. No caso da alergia às proteínas do leite, por outro lado, a resposta imunológica seria desnecessária, além de causar diversos problemas.
A alergia é causada em crianças por proteínas que não existem normalmente no leite humano e que são introduzidas na nova alimentação do bebê. As proteínas do leite mais envolvidas na alergia são as caseínas, a beta-lactoglobulina e a alfa-lactoalbumina. A alergia verdadeira é causada pelas imunoglobulinas E (IgE), em resposta à presença destas proteínas consideradas como antigênicas pelo sistema imunológico das crianças. A IgE causa liberação de substâncias vasoativas por alguns tipos de células, que causam problemas.
Os sintomas da alergia podem surgir imediatamente ou até várias horas ou dias após a ingestão do alimento.
Tipo 1 – Os sintomas iniciam dentro de 45 minutos da ingestão de pequenas quantidades do alimento, causando principalmente problemas na pele, eczema e urticária. Pode também apresentar problemas respiratórios (nariz escorrendo, chiado etc.) ou gastrointestinais (vômito e diarreia). Estas crianças normalmente têm concentração de IgE elevada.
Tipo 2 – Os sintomas iniciam diversas horas após a ingestão, Apresentando, principalmente,sintomas de vômito e diarreia.
Tipo 3 – Os sintomas aparecem depois de 20 horas, ou até mesmo dias, após a ingestão,incluindo diarreia, com ou sem reações respiratórias ou na pele.
A alergia que se manifesta rapidamente tende a ser facilmente diagnosticada e é detectada no teste da pele. Por outro lado, a alergia que se manifesta muito depois da ingestão não é facilmente diagnosticada e tende a produzir doenças crônicas que. às vezes, não são relacionadas facilmente com sua causa.

O que é intolerância a lactose?

 intolerância à lactose ocorre devido à inabilidade para digerir quantidades significativas do açúcar do leite, a lactose. Esta inabilidade resulta da falta de quantidade suficiente de uma enzima "lactase" no interior das vilosidades do intestino. 
Nestes casos, as pessoas não podem consumir a lactose, pois ela não é hidrolisada pela enzima lactase chegando-se à glicose e à galactose. Em consequência não consegue atravessar a parede intestinal para ir para a corrente sanguínea.
A lactose, então, continua dentro do intestino e chega ao intestino grosso, onde é fermentada por bactérias, produzindo ácido lático e gases. A presença de lactose e destes compostos nas fezes no intestino grosso aumenta a pressão osmótica e drena água do corpo, causando a diarreia ácida e gasosa.
A intolerância à lactose não envolve o sistema imunológico e os problemas são causados pela inabilidade de digestão da lactose. A intolerância à lactose só apresenta os sintomas de dores abdominais, diarreia ácida e gases.
Existem dois tipos básicos de intolerância à lactose: a genética e a adquirida. A intolerância genética é maior em determinadas raças de seres humanos.  A intolerância genética, entretanto, só aparece após alguns anos de vida, dois a três anos por exemplo, apesar de haver raras exceções. Crianças de qualquer raça com menos de um ano, normalmente, são tolerantes à lactose.
A intolerância adquirida ocorre quando houver fatores que possam causar doenças digestivas que promovem inchaço das vilosidades do intestino, que escondem a lactase e não deixam que ela exerça a sua função de hidrolisar a lactose. Neste caso, os mesmos sintomas de diarreia abundante e gasosa também ocorrerão. O inchaço das vilosidades pode ocorrer devido, por exemplo, à ingestão de alimentos contaminados, diarreia infecciosa, doença célica e parasita, que poderão causar irritação do intestino. As crianças, cujos intestinos são ainda delicados, são especialmente vulneráveis à intolerância adquirida.
Entretanto, quando o problema inicial for resolvido, a pessoa deixa de ser intolerante à lactose, pois a enzima poderá continuar a exercer normalmente a sua função. Nos casos de intolerância adquirida, o leite e outros alimentos que tenham lactose devem ser removidos da alimentação até a normalização do intestino. 
A intolerância adquirida à lactose é, portanto, reversível, enquanto que a intolerância genética é irreversível.
Outro tipo de intolerância é aquele decorrente de cirurgias, quando, por exemplo, uma parte do intestino é removida. Neste caso, a quantidade de lactase no intestino pode se tornar insuficiente para hidrolisar a lactose, mesmo se, anteriormente à operação, a pessoa era tolerante à lactose.

Postado por: Carolina Barsotti
Referências Bibliográficas: http://www.dta.ufv.br/artigos/tolerancia.htm


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