O cálcio, o principal
mineral que atua na formação da massa óssea, é também essencial para a
coagulação sanguínea, agregação plaquetária e ainda tem um papel especial na
contração muscular. Sua absorção ocorre no intestino delgado, sendo absorvidos
cerca de 20 a 30% da sua ingestão.
Este mineral desempenha
importante função na liberação do sítio ativo de pontes cruzadas actina-miosina
durante a contração muscular, e por isso representa um nutriente essencial na
prática esportiva. Ainda, a sarcopenia, ou perda de massa magra, esta associada
à osteoporose, que por sua vez, pode ser desencadeada pela baixa ingestão de
cálcio. Na atividade esportiva, a diminuição da massa muscular quase nunca é
desejável, e neste sentido, o cálcio teria a função de preservação e manutenção
da massa magra.
Algumas considerações
sobre a relação entre atletas mulheres, cálcio e densidade óssea têm sido
estudadas. As baixas concentrações de estrógeno e/ou baixa ingestão dietética
de cálcio associada ao alto consumo de proteínas e fibras pode ter impacto
negativo na massa óssea.
A relação do cálcio e a
atividade física é bastante citada na literatura pelo fato de que atletas do
gênero feminino que não atingem o pico de massa óssea na infância ou adolescência
têm maior chance de desenvolver uma perda da massa óssea e risco maior de
osteoporose precoce. Atletas de exercícios muito intensos que desenvolvem
amenorréia hipoestrogênica também tendem a apresentar também menor densidade
mineral óssea.
Outro consenso sobre a
relação cálcio e atividade física é sobre depleção de glicogênio em exercício
de força, que está citada em estudos com ratos. Essas evidências demonstram que
a depleção de glicogênio poderia resultar na incapacidade de reabsorção do
cálcio pelo retículo sarcoplasmático. Esta deficiência esta relacionada à
incapacidade das bombas de cálcio funcionarem corretamente, devido ao
esgotamento das reservas de ATP.
A recomendação de
ingestão adequada (RDA) de cálcio é igual para homens e mulheres, e equivalem a
1300 mg para mulheres e homens de 9 a 18 anos; 1000 mg para adultos de 19 a 50
anos, e 1200 mg para indivíduos a partir de 50 anos. As principais fontes
alimentares deste mineral são: leite, derivados e em menor proporção, os
vegetais verdes.
A suplementação do cálcio no esporte só é necessária quando não existe
uma ingestão adequada deste mineral. Os suplementos são geralmente
comercializados sob forma de carbonato de cálcio, gluconato de cálcio ou
citrato de cálcio. Porém devem ser administrados depois da avaliação dietética
e descoberta de necessidade da suplementação.
Postado por: Bruna Rafaella Faria
Referência: ABNE – Associação Brasileira de Nutrição Esportiva
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