Atualmente, a cirurgia
bariátrica vem sendo indicada como uma das opções de tratamento para a
obesidade mórbida, ou seja, pessoas com índice de massa corporal (IMC) maior do
que 40 Kg/m².
Porém, algumas deficiências de
nutrientes têm sido relatadas em estudos após este tipo de procedimento, o que
pode potencialmente reduzir os benefícios que a cirurgia pode proporcionar.
Em pacientes que fizeram a
cirurgia com técnicas restritivas, as deficiências nutricionais podem estar
associadas com a ingestão insuficiente de alimentos, enquanto que nas técnicas
disabsortivas, as carências podem estar relacionadas com as intervenções feitas
no estômago e/ou intestino, que afetam o processo de digestão e absorção dos
nutrientes.
De uma forma geral, algumas
deficiências que podem ser citadas são: ferro, cálcio, vitamina D, vitamina
B12, ácido fólico e zinco.
A deficiência de ferro é
relatada em mais de um terço dos pacientes que fizeram este tipo de cirurgia.
Nestes casos, a absorção do ferro é comprometida por conta da diminuição da
ingestão de alimentos fonte (carnes, por exemplo), diminuição da quantidade de
ácido gástrico (o que dificulta a digestão) e pela modificação no duodeno
(parte do intestino onde a maior parte do ferro é absorvida). Esta deficiência
pode se manifestar tanto logo após a cirurgia quanto 7 anos após o
procedimento. Por isso, é importante que os níveis de ferro sejam monitorados
regularmente nestes pacientes. Alguns estudos sugerem que a suplementação de
vitamina C pode ajudar na deficiência de ferro por ajudar no processo de
absorção do mesmo.
Existe também as chances destes
pacientes desenvolverem déficits de cálcio e vitamina D, acompanhado de
problemas ósseos. Isso porque os principais locais de absorção do cálcio se
encontram na parte do intestino que é modificada pela cirúrgica.
A deficiência de vitamina B12
(também conhecida como cobalamina) pode ocorrer pela diminuição da secreção de
ácido gástrico no estômago, que pode ocorrer após a cirurgia. Além disso,
também há uma diminuição na secreção do fator intrínseco, fator este que
auxilia na digestão e absorção desta vitamina.
Baixos níveis de certos
micronutrientes podem ocasionar alguns problemas. A deficiência de vitamina B12
juntamente com a deficiência de ácido fólico pode ocasionar anemia
megaloblástica. A deficiência de cálcio e vitamina D pode desencadear uma
desmineralização óssea. E, por fim, o ferro encontrado em baixos níveis
caracteriza-se como anemia ferropriva.
Diante do exposto, o
compromisso do paciente e da equipe de profissionais da saúde com o
acompanhamento a longo prazo e com a administração de suplementos para
compensar as deficiências é vital, assim prevenindo e tratando problemas
nutricionais e metabólicos que são tão comuns neste tipo de procedimento.
Postado por Eliane Indena e Flávio Faitarone. Fonte: SCIELO
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Oscar Silbiger