sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Conheça os benefícios do alho!



Ao longo da história da ciência o alho teve várias aplicações. Atualmente seu poder terapêutico é reconhecido pelo Ministério da Saúde bem como pelo FDA. Além de seu uso culinário nas mais variadas culturas, desde a Antiguidade é usado como medicamento para as mais variadas moléstias. Os estudos científicos identificaram a presença de vários compostos que agem terapeuticamente no tratamento de parasitoses, desconfortos gastrintestinais, dislipidemias, verminoses intestinais, na doença hipertensiva, cardiovascular, câncer, além das atividades anti-inflamatórias, antimicrobiana, e antiasmática. Esta erva bulbosa, cujo nome científico é Allium sativum, é pequena perene e com odor forte e característico de alimentos ricos em compostos sulfurados. A maior concentração de fitoquímicos terapêuticos encontra-se nos bulbos, popularmente conhecidos como dentes de alho. Seu cultivo é adaptado às regiões mais frias com período de dormência de dois meses. Quanto mais fria é a temperatura maior é a concentração de fitoquímicos, pois a sua concentração depende do quanto à planta responde às agressões ambientais. Apesar dessas peculiaridades não é encontrado nenhuma legislação pela ANVISA, sobre utilização e consumo do alho.


Também foram identificados fitoquímicos bioativos, sendo os de maior destaque os compostos sulfurados. Abaixo segue estes compostos com suas possíveis atividade biológicas:
- Ajoeno (ajocisteína): Prevenção de coágulos, anti-inflamatório, vasodilatador, hipotensor, antibiótico;       
- Aliina: Hipotensor, hipoglicemiante;  

- Alicina e tiosulfinatos: Antibiótica, antifúngica, antiviral;   
- S-alil-cisteína e compostos γ-glutâmico: Hipocolesterolemiante, antioxidante, quimioprotetor frente ao câncer;   
- Alil maercaptano: Hipocolesterolemiante
- Sulfeto dialil: Hipocolesterolemiante.        

       
            Compostos não sulfonados presentes no alho:              

- Adenosina: Vasodilatadora, hipotensora, miorelaxante;      
- Fructanos (Escorodosa): Cardioprotetora;       

- Fração proteica F-4: Imunoestimulante;   
- Quercetina: Antialergênica;     

- Saponinas (gitonina F, eurobósido B): Hipotensora, antimicrobiana
- Escordinina: Hipotensora, aumenta a utilização de B1, antibacteriana

- Selênio: Antioxidante;     
- Ácidos fenólicos: Antiviral e antibacteriana;      

- Saponinas: Anticancerígena.


A maioria dos componentes sulfurados não está presente nas células intactas. Quando o alho é amassado, partido, cortado ou mastigado, vários de seus componentes sulfurados são liberados no interior da célula vegetal. A interação entre os vários compostos desencadeia reações em cadeia, gerando um conjunto de componentes. Isso justifica a necessidade de consumo imediatamente após o preparo, e sem que haja ação de calor ou qualquer outro tipo de tratamento térmico, o que diminui muito as concentrações dos fitoquímicos sulfurados em questão. Não se recomenda o consumo do alho cru em casos de gastrite ou úlceras estomacais.


Postado por: Ana Karinne de Lima e Priscila de Araujo Lucio.



Fonte: bromatopesquisas-ufrj.blogspot.com.br/2011/12/alho-condimento-e-medicamento_19.html

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