segunda-feira, 11 de abril de 2016

Nutrição e atividade física


A prática de atividade física pode proporcionar benefícios à composição corporal, à saúde e à qualidade de vida. No entanto, nem sempre representa sinônimo de equilíbrio no organismo. As alterações fisiológicas e os desgastes nutricionais gerados pelo esforço físico podem conduzir o atleta ou praticante de atividade física ao limiar entre a saúde e a doença, se não houver a compensação adequada desses eventos.

Isso porque a produção de radicais livres em excesso pode ser considerada um exemplo de efeito indesejável do exercício. Além disso, o exercício físico induz danos no trato gastrointestinal (como distensão abdominal, eructação, náusea, vômitos, cólicas abdominais), e um sistema gastrointestinal comprometido pode favorecer a invasão de patógenos ao organismo. Isso principalmente quando o exercício é vigoroso e praticado em um ambiente quente sem treino e/ou hidratação adequados. Contudo, todo tipo de exercício pode levar a alterações no metabolismo, na distribuição e na excreção de vitaminas e minerais. Em vista disso, as necessidades de nutrientes específicos podem ser afetadas conforme as demandas fisiológicas, em resposta ao esforço.

Nesse contexto, a importância da nutrição na performance e saúde de atletas e praticantes de atividade física já se encontra suficientemente documentada na literatura. A alimentação deve levar em consideração, variáveis como a necessidade nutricional do indivíduo, de acordo com composição corporal, com o seu objetivo e com o gasto energético do esporte praticado. Do contrário, uma alimentação inadequada pode resultar em fornecimento insuficiente de nutrientes importantes relacionados ao metabolismo energético, à reparação tecidual, ao sistema antioxidante e à resposta imunológica. Além disso, alimentos contendo agentes antiinflamatórios são importantes (açafrão, gengibre, frutas vermelhas, cenoura, alho, cebola), pois a inflamação é um dos principais causadores de lesões e do desenvolvimento de doenças em atletas e praticantes de atividade física. E a hidratação também faz parte de uma nutrição adequada, já que a reposição insuficiente pode trazer conseqüências desagradáveis, entre elas a diminuição da força muscular, o aumento do risco de cãibras e a hipertermia e, conseqüentemente, a queda no desempenho.

Porém, ainda assim, em alguns casos o uso de suplementos pode ser indicado, devido às altas recomendações e ao tempo de ingestão alinhado aos horários de treino. Alguns dos suplementos mais usados são: os carboidratos (gel, barra, pó), as proteínas (whey protein), os aminoácidos (BCAA, arginina e creatina), vitaminas, minerais e ômega-3, que podem contribuir para retardar a fadiga muscular e melhorar a recuperação pós treino. Portanto o exercício regular só será benéfico se houver também uma alimentação adequada.



Por Mariane Bernardo

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