terça-feira, 17 de outubro de 2017

Leptina, Grelina e a obesidade (hormônios).

Alguns estudos recentes têm demonstrado a relação de tecido adiposo e a produção de hormônios que regulam o metabolismo, em especial os hormônios leptina e grelina, que estão ligadas ao controle da obesidade.

Leptina: É um hormônio peptídico, formado por 167 aminoácidos. Esse hormônio é produzido nos adipócitos e age no hipotálamo diminuindo o apetite, aumentando o gasto energético, regulando a função neuroendócrina e atuando no metabolismo da glicose e lipídeos. Como é produzida pelo tecido adiposo, quanto maior a gordura corporal, maior será a quantidade de leptina. Enfim, quando seus níveis estão altos, a ingestão alimentar diminui e quando seus níveis estão baixos induzem ao consumo em excesso de alimentos. Apesar de em obesos existir uma alta concentração de leptina, esses indivíduos ainda têm um grande apetite. Isso acontece porque a maioria das pessoas com obesidade apresenta resistência à leptina graças a menor quantidade de receptores desse hormônio no sistema nervoso central, assim sendo, as células do hipotálamo não recebem os sinais da leptina para reduzir a alimentação.

Grelina: É um hormônio produzido especialmente pelas células do estomago. Ele também atua no hipotálamo e ao contrário da leptina, estimula o apetite, além de estimular a liberação do hormônio do crescimento (GH) e controlar o balanço energético. Pesquisas em roedores mostraram que a ingestão alimentar foi incentivada pela elevada concentração de grelina, o que levou à obesidade justamente devido a esse aumento na ingestão alimentar. Estudos mostraram também que após ingerir alimentos, a concentração de grelina não diminuiu em obesos, causando um aumento do consumo alimentar. Mesmo após o médico solicitar a dosagem desses hormônios e iniciar estratégias para regularizá-los, as pessoas podem ter dificuldade de redução de peso, caso as mudanças no estilo de vida não ocorram, como hábitos alimentares saudáveis e prática constante de atividades físicas.
Mais uma razão para controlarmos o nosso peso e procurarmos um profissional para termos uma alimentação balanceada, adequada à nossa necessidade. Cada um tem o seu biótipo, somatotipo, genética e seu estilo de vida. E existe sempre uma solução adequada a cada caso.


Por: Thayná Galvão




FONTES: 1-Gustavo R. da Mota, Angelina Zanesco. Leptina, Ghrelina e Exercício Físico. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, 51/1: 25-33, 2007.
2-Lúcia Andréia, Silvana Maria Passos, Vanessa Ramos Leal de Lima, Sayonara Rangel Oliveira. A importância da homeostase entre os limites de leptina e da grelina no controle da obesidade.
3-Ricardo Eguchi, Nadia Carla Cheik, Lila Missae Oyama, Claudia Maria Oller do Nascimento, Marco Tulio


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