terça-feira, 19 de agosto de 2025

                                                                 Café: vilão ou aliado?


O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo e, por muitos anos, foi cercado de dúvidas em relação aos seus efeitos sobre a saúde. A ciência, no entanto, tem mostrado que ele pode ser mais aliado do que vilão, desde que consumido com moderação.

Benefícios

Pesquisas indicam que o consumo moderado de café (até 3 a 4 xícaras por dia, equivalente a cerca de 400 mg de cafeína) está associado a:

Redução do risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, Parkinson, Alzheimer e alguns tipos de câncer.

Proteção hepática, com menor risco de cirrose e câncer de fígado.

Melhora no desempenho físico, concentração e memória de curto prazo.

Maior longevidade, com menor mortalidade geral observada em diversos estudos.

Riscos

O consumo excessivo ou em populações vulneráveis pode trazer efeitos indesejados, como:

Insônia, ansiedade, palpitações e dependência.

Aumento do colesterol quando o café é preparado sem filtragem.

Elevação da pressão arterial em indivíduos predispostos.

Risco aumentado de aborto espontâneo e baixo peso ao nascer em gestantes que consomem altas doses de cafeína.

Interações medicamentosas, principalmente com anticoncepcionais, ansiolíticos e antidepressivos.

Para adultos saudáveis, o café é mais benéfico do que prejudicial. Seus efeitos positivos estão bem documentados, mas a moderação é essencial. Em média, 3 a 4 xícaras de café filtrado ao dia são consideradas seguras, desde que respeitadas as particularidades individuais.


referências: • Poole R, et al. Coffee consumption and health: umbrella review of meta-analyses of multiple health outcomes. BMJ. 2017;359:j5024.

Grosso G, et al. Coffee, Caffeine, and Health Outcomes: An Umbrella Review. Annu Rev Nutr. 2017;37:131-156.

Kolb H, et al. Coffee and Health: What does the research say? Int J Environ Res Public Health. 2021;18(20):10717.

McLellan TM, et al. Caffeine, performance, and health: review of recent human research. Nutrients. 2016;8(10):538.




Escrito por: Silvia Alves

Nenhum comentário:

Postar um comentário