quarta-feira, 25 de abril de 2012

Vegetais crucíferos e sua ação contra o câncer





           Os vegetais crucíferos mais conhecidos incluem: repolho, brócolis, couve, couve-flor, couve de Bruxelas, nabo, agrião, rabanete, mostarda e seu consumo tem sido associado à redução do risco de vários tipos de câncer.

         Recentemente, um estudo mostrou que uma dieta contendo vegetais crucíferos tem efeitos contra o câncer de bexiga, isso devido a esses vegetais possuírem isotiocianatos, um grupo de anticancerígenos que são metabolizados, concentrados e excretados na urina. Com o armazenamento da urina as células da bexiga ficam mais expostas para esses compostos, gerando o efeito protetor. Os resultados foram positivos e semelhantes entre homens e mulheres, e entre indivíduos mais jovens e mais velhos.

         Porém outros estudos tem sustentado que os procedimentos normais de cozimento, destroem os isotiocianatos devido ao calor. A quantidade de isotiocianatos disponível ao consumo após a cocção de vegetais crucíferos é 60% a 90% menor do que após a ingestão desses vegetais crus. 

         Dessa forma apenas a ingestão de vegetais crucíferos crus, que fornece maior quantidade de isotiocianatos comparados aos cozidos, foi significativa na prevenção do câncer de bexiga quando associados a outros fatores de risco para o câncer, como o tabagismo.

         Outros vegetais crucíferos, incluindo couve de Bruxelas, couve, nabos e mostarda não foram associados a diminuição do risco de câncer de bexiga devido ao consumo menos frequente desses alimentos e por estarem relacionadas ao cozimento.

         Além da propriedade anticancerígena dos isotiocianatos, os vegetais crucíferos contêm também muitos outros compostos com potencial de prevenção para o câncer,  como indóis, carotenóides, vitamina C, ácido fólico, fibras e selênio.


Postado por: Letícia Andrade e Vivian Giubine

Referências

TANG et al. Consumption of Raw Cruciferous Vegetables is Inversely Associated with Bladder Cancer Risk. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev, New York, v.17, n.14, p. 938-944, abr. 2008.

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