Os
vegetais crucíferos mais conhecidos incluem: repolho, brócolis, couve, couve-flor,
couve de Bruxelas, nabo, agrião, rabanete, mostarda e seu consumo tem sido
associado à redução do risco de vários tipos de câncer.
Recentemente, um
estudo mostrou que uma dieta contendo
vegetais crucíferos tem efeitos contra o câncer de bexiga, isso devido a
esses vegetais possuírem isotiocianatos,
um grupo de anticancerígenos que são metabolizados, concentrados e excretados na
urina. Com o armazenamento da urina as células da bexiga ficam mais expostas
para esses compostos, gerando o efeito protetor. Os resultados foram positivos
e semelhantes entre homens e mulheres, e entre indivíduos mais jovens e mais
velhos.
Porém
outros estudos tem sustentado que os procedimentos normais de cozimento, destroem
os isotiocianatos devido ao calor. A quantidade de isotiocianatos disponível ao
consumo após a cocção de vegetais crucíferos é 60% a 90% menor do que após a
ingestão desses vegetais crus.
Dessa
forma apenas a ingestão de vegetais crucíferos crus, que fornece maior
quantidade de isotiocianatos comparados aos cozidos, foi significativa na
prevenção do câncer de bexiga quando associados a outros fatores de risco para o
câncer, como o tabagismo.
Outros
vegetais crucíferos, incluindo couve de Bruxelas, couve, nabos e mostarda não
foram associados a diminuição do risco de câncer de bexiga devido ao consumo menos
frequente desses alimentos e por estarem relacionadas ao cozimento.
Além
da propriedade anticancerígena dos isotiocianatos, os vegetais crucíferos
contêm também muitos outros compostos com potencial de prevenção para o câncer,
como indóis, carotenóides, vitamina C,
ácido fólico, fibras e selênio.
Postado por: Letícia Andrade e
Vivian Giubine
Referências
TANG et al. Consumption of Raw Cruciferous Vegetables is
Inversely Associated with Bladder Cancer Risk. Cancer Epidemiol
Biomarkers Prev, New York, v.17, n.14, p. 938-944, abr. 2008.
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