quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nutrição e a Saúde da Mente




         A saúde mental não é considerada especialmente dentro da Nutrição. Porém, recentemente estudos apontam a importância de alguns nutrientes em uma dieta adequada para o cuidado de várias doenças relacionadas.

         Para alguns pesquisadores a nutrição é apontada como o futuro para melhorar a saúde mental. Alguns tópicos que podem ser discutidos são: os nutrientes necessários para a saúde do cérebro, as doenças do sistema nervoso que se beneficiam com o cuidado nutricional, os transtornos alimentares, a obesidade e entre outros.

         Dentre os nutrientes com papel específico para o sistema nervoso, estão as vitaminas do complexo B, principalmente a B1 e o ácido fólico. Na deficiência de B1, pode haver confusão mental, fraqueza muscular, paralisia, dor nas panturrilhas, fadiga muscular, irritabilidade, perda de apetite e até mesmo lesões do sistema nervoso.

         Em relação ao ácido fólico, na sua deficiência aparece a anemia, e do ponto de vista neurológico as consequências são retardo mental em crianças, falta de coordenação dos músculos, esquecimento, insônia, depressão e demência.

         Pesquisadores sugerem que a deficiência de ácido fólico também aumenta o risco para Alzheimer e Parkinson. O ácido fólico age protegendo os vasos cerebrais e prevenindo o dano nos neurônios causado pelos radicais livres.

         Estudos sustentam que uma ingestão baixa de ômega-3 pode aumentar o risco de depressão. Por isso o óleo de peixe (rico em ômega-3) e suplementos de ácido fólico tem sido utilizados para tratar a depressão, sendo associados com a melhora do humor. O potencial do ômega-3 também é discutido na prevenção da demência e deficiência visual.

         Dentre as doenças do sistema nervoso que merecem cuidados nutricionais, destacam-se a enxaqueca, a epilepsia e a esclerose múltipla. No caso de esclerose múltipla, a boa nutrição e exercícios físicos devem ser estimulados. O consumo de antioxidantes (vitaminas A, E, C e selênio), ácidos graxos insaturados e uma dieta pobre em gorduras saturadas tem o potencial de diminuir os sintomas e ajudar na recuperação.

         O objetivo do cuidado nutricional é principalmente minimizar o avanço da doença e prevenir complicações. Embora atualmente o impacto da dieta na saúde mental não seja amplamente aceito, existem maiores pesquisas em andamento que podem promover um entendimento mais claro sobre a relação entre ingestão de nutrientes e o estado de saúde da mente.


Postado por Letícia Andrade

Referência

ALVARENGA, M. S. Saúde Mental e Nutrição. Revista Nutrição em Pauta. São Paulo, ano 17, n.26, p.16-22, maio/jun. 2009.

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